Categoria
está parada há 42 dias e pede 75,3% para equiparação salarial.
Reunião
entre sindicato e Secretaria da Educação ocorreu nesta quinta.
Professores
da rede estadual decidiram manter a greve que já dura 42 dias após participar
de reunião na Secretaria de Estado da Educação. Depois do encontro com
representantes do governo estadual e da realização de uma assembleia na Praça
da República, parte do grupo tentou invadir a sede da secretaria no Centro.
A Polícia
Militar usou uma bomba de gás para afastar o grupo, que também atirou pedras
contra a fachada do prédio. Não há informações sobre detidos.
Os atos de
vandalismo ocorreram após sindicalistas no carro de som convocarem todos os
manifestantes para caminhada até a Marginal Tietê. Nesse momento, parte do
grupo insistiu em ficar nas escadarias e gritava "não tem arrego".
Pessoas que
seguravam bandeiras, entre elas a do PCO, usaram pedaços de pau para tentar
arrombar a porta do prédio
Após a ação
da PM, que jogou uma bomba de gás nas escadas, o grupo deixou a Praça da
República. A caminhada dos professores seguiu pelo Centro acompanhada de homens
da Polícia Militar (PM).
Antes do
tumulto, a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, disse que a reunião
terminou sem acordo. "Ficamos na mesa duas horas ouvindo não, não é não. A
greve continua", afirmou a presidente da Apeoesp. Segundo Maria Izabel, o
governo afirmou que só deve apresentar proposta em julho.
A Secretaria
de Estado da Educação informou que, na reunião, foi proposta a continuidade da
política de valorização salarial já em andamento no estado.
Reivindicações
Os
professores reivindicam 75,33% para equiparação salarial com as demais
categorias com formação de nível superior. O governo do estado diz ter dado
reajuste de 45% no acumulado dos últimos quatro anos.
Além disso,
informa que parte da categoria receberá até 10,5% de aumento de acordo com
desempenho em avaliação. Não houve proposta de reajuste geral para toda a
categoria.
O sindicato
alega que a Secretaria de Estado da Educação acenou com 10,5% de aumento para
apenas 10 mil professores que se saíram bem em uma prova, ignorando outros 220
mil profissionais da rede.
Os
professores também pedem melhores condições de trabalho. Segundo a categoria,
mais de 3 mil salas de aula foram fechadas, o que provoca superlotação das
salas de aula restantes. A garantia de direitos para docentes temporários
também está entre as demandas dos grevistas.
Confusão
Na
quarta-feira (22), professores estaduais em greve entraram em confronto com
policiais militares na Assembleia Legislativa de São Paulo, na Zona Sul da
capital paulista. Um professor foi detido e conduzido ao 36º Distrito Policial,
na Vila Mariana.
A confusão
ocorreu quando um grupo forçou a entrada no plenário Juscelino Kubistchek, que
já havia atingido o limite máximo de lotação. Policiais tentaram evitar a
entrada e houve atrito entre manifestantes e a polícia. Um policial ficou
ferido e uma porta de vidro foi quebrada.
Os
professores participariam de uma audiência pública intermediada pelo presidente
da Assembleia, Fernando Capez (PSDB), e pela bancada do PT para discutir as
reivindicações da categoria. Após a confusão, Capez recebeu uma comissão de
professores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário