domingo, 12 de abril de 2015

Manifestação contra o governo Dilma reúne milhares na orla de Copacabana



Uma manifestação contra o governo da presidente Dilma Rousseff reuniu milhares de pessoas neste domingo (12) em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Segundo o comando do Batalhão de Grandes Eventos da Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas caminharam pela orla. De acordo com Maycon Freitas, presidente da União Contra a Corrupção e um dos organizadores do ato, cerca de 25 mil pessoas participam do ato em Copacabana.
                                                                                           
O ato, convocado por redes sociais, foi pacífico e teve três isolados princípios de tumulto. Às 12h30, um homem que provocava os manifestantes com um megafone foi hostilizado. PMs o protegeram e o tiraram do local, em um carro da corporação.
Pouco depois, por volta das 13h20, um homem tentou passar de bicicleta pela ciclovia, que estava ocupada pelos manifestantes. Houve discussão devido à camisa vermelha usada pelo ciclista, associada por pessoas ao PT. A PM, que levou 800 homens para reforçar a segurança, voltou a intervir para evitar agressões.

Às 15h30, uma mulher cobrou "provas" das acusações dos manifestantes contra Dilma Rousseff. Houve troca de agressões verbais e a PM voltou a controlar a situação.
Críticas e reivindicações
As principais críticas durante à manifestação foram à presidente, ao PT e à corrupção. Em um dos três carros de som, no início do ato organizadores pediram aplausos para o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, que investiga o escândalo na Petrobras. Procuradores e policiais federais também foram lembrados e aplaudidos. Grande parte das pessoas vestiu roupas verdes e amarelas.

Inicialmente, apenas a pista junto à praia, que já é fechada aos domingos para lazer, foi ocupada. A passeata começou às 11h, no Posto 5, após cerca de uma hora de concentração. Por volta das 12h30, a pista dos
prédios também foi parcialmente fechada ao tráfego. A liberação foi feita por volta das 14h.
Em coro, os manifestantes cantaram várias vezes o Hino Nacional. Ambulantes aproveitaram para faturar com a venda de bandeiras do Brasil, vendidas por R$ 5 (pequena) e R$ 10 (grande).
Alguns famosos e políticos também participaram do ato. O humorista Marcelo Madureira afirmou que a manifestação de hoje é a "voz rouca do povo pedindo democracia".
O primeiro ato, organizado pelos grupos Vem Pra Rua, Cariocas Diretos e Revoltados On Line, foi encerrado por volta das 13h50, na altura da Rua Figueiredo Magalhães. Em seguida, foi iniciado outro protesto, convocado pelo Movimento Brasil Livre-RJ. Pouco depois das 15h, todos os carros de som foram desligados e foi encerrado a manifestação.

Em meio às milhares de pessoas, poucos se mostraram a favor da intervenção militar. Outros, como a produtora de televisão Fernanda Flores, de 23 anos, moradora de Ipanema, fizeram questão de se posicionar contra um golpe. "É uma minoria que pede por isso. Nós jovens pedimos por outras coisas. A corrupção está explodindo, está tudo muito caro para todo mundo. Quero tirar o PT do poder", declarou.

Este foi o segundo domingo de protestos contra o governo convocados para todo o Brasil. No primeiro, cerca de 15 mil pessoas, segundo a PM, e 100 mil, de acordo com os organizadores, participaram da passeata em Copacabana, em 15 de março.

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