Uma manifestação contra o governo da
presidente Dilma Rousseff reuniu milhares de pessoas neste domingo (12) em
Copacabana, na Zona Sul do Rio. Segundo o comando do Batalhão de Grandes
Eventos da Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas caminharam pela orla. De
acordo com Maycon Freitas, presidente da União Contra a Corrupção e um dos
organizadores do ato, cerca de 25 mil pessoas participam do ato em Copacabana.
O ato, convocado por redes sociais, foi
pacífico e teve três isolados princípios de tumulto. Às 12h30, um homem que
provocava os manifestantes com um megafone foi hostilizado. PMs o protegeram e
o tiraram do local, em um carro da corporação.
Pouco depois, por volta das 13h20, um homem
tentou passar de bicicleta pela ciclovia, que estava ocupada pelos
manifestantes. Houve discussão devido à camisa vermelha usada pelo ciclista,
associada por pessoas ao PT. A PM, que levou 800 homens para reforçar a
segurança, voltou a intervir para evitar agressões.
Às 15h30, uma mulher cobrou
"provas" das acusações dos manifestantes contra Dilma Rousseff. Houve
troca de agressões verbais e a PM voltou a controlar a situação.
Críticas e reivindicações
As principais críticas durante à manifestação
foram à presidente, ao PT e à corrupção. Em um dos três carros de som, no
início do ato organizadores pediram aplausos para o juiz Sérgio Moro,
responsável pela Operação Lava Jato, que investiga o escândalo na Petrobras.
Procuradores e policiais federais também foram lembrados e aplaudidos. Grande
parte das pessoas vestiu roupas verdes e amarelas.
Inicialmente, apenas a pista junto à praia,
que já é fechada aos domingos para lazer, foi ocupada. A passeata começou às
11h, no Posto 5, após cerca de uma hora de concentração. Por volta das 12h30, a
pista dos
prédios também foi parcialmente fechada ao
tráfego. A liberação foi feita por volta das 14h.
Em coro, os manifestantes cantaram várias
vezes o Hino Nacional. Ambulantes aproveitaram para faturar com a venda de bandeiras
do Brasil, vendidas por R$ 5 (pequena) e R$ 10 (grande).
Alguns famosos e políticos também
participaram do ato. O humorista Marcelo Madureira afirmou que a manifestação
de hoje é a "voz rouca do povo pedindo democracia".
O primeiro ato, organizado pelos grupos Vem
Pra Rua, Cariocas Diretos e Revoltados On Line, foi encerrado por volta das
13h50, na altura da Rua Figueiredo Magalhães. Em seguida, foi iniciado outro
protesto, convocado pelo Movimento Brasil Livre-RJ. Pouco depois das 15h, todos
os carros de som foram desligados e foi encerrado a manifestação.
Em meio às milhares de pessoas, poucos se
mostraram a favor da intervenção militar. Outros, como a produtora de televisão
Fernanda Flores, de 23 anos, moradora de Ipanema, fizeram questão de se
posicionar contra um golpe. "É uma minoria que pede por isso. Nós jovens
pedimos por outras coisas. A corrupção está explodindo, está tudo muito caro
para todo mundo. Quero tirar o PT do poder", declarou.
Este foi o segundo domingo de protestos
contra o governo convocados para todo o Brasil. No primeiro, cerca de 15 mil
pessoas, segundo a PM, e 100 mil, de acordo com os organizadores, participaram
da passeata em Copacabana, em 15 de março.
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