Sem
fabricantes, modelo estava em 34,5 milhões de casas em 2013.
Segundo
dados da Pnad, 58% das casas possuíam só um televisor.
A única
forma de ver TV para 54,5% dos domicílios com televisores no Brasil é por meio
de um aparelho ultrapassado, que não é mais fabricado.
São 34,5
milhões de domicílios no Brasil apenas com TVs de tubo, segundo informações do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado está
na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referente a 2013, feita
com o Ministério das Comunicações, e divulgada nesta quarta-feira (29).
TV de tubo
não é mais fabricada
Os dados
mostram que mais da metade do total das casas brasileiras era equipada com um
aparelho abandonado pela indústria.
Segundo a
Eletros (associação dos fabricantes de eletroeletrônicos) não há produção do
modelo no Brasil. Os itens restantes são os dos estoques das lojas.
Em 2013, as
fábricas montaram 1.051 aparelhos. No ano seguinte, foram só 152.
"Eu
acho que ainda é um número bastante elevado de televisores de tubo, e ainda é
um número que até então a gente não tinha”, afirmou Pedro Araújo, Gerente de
Projetos do departamento de banda larga do Ministério das Comunicações. "A
gente acha que, por conta do efeito da Copa do Mundo, as pessoas não compraram
[TVs de tela fina] em 2013. Deixaram para 2014, esperando as promoções."
Uma TV
De acordo
com a pesquisa, 63,3 milhões de domicílios no Brasil possuíam TVs em 2013, o
que corresponde a 97,2% do total. 13,4 milhões de casas (21,2%) possuíam TVs de
tubo e de tela fina e 15,4 milhões optavam apenas pela opção mais moderna.
O IBGE
aponta que 58% das casas brasileiras têm só um televisor. A TV de tubo é a
única opção em 25,9 milhões de casas. Os aparelhos de tela fina estão em 11,1
milhões de domicílios.
As TVs de
tubo são maioria em todas as regiões. O que muda é a variação da vantagem de um
lugar para outro: é maior no Nordeste (67,6%) e menor no Sudeste (46,7%).
De acordo
com a pesquisa, considerando todas as tecnologias o Brasil possuía 103,3 milhões
de televisores. São 63,7 milhões (61,4%) de TVs com tubo catódico.
De acordo
com Jully Ponte, técnica de coordenação de rendimento do IBGE, o mapeamento é
importante por dois motivos. “Primeiro que a TV de tubo é uma tecnologia que
provavelmente tende a ser ultrapassada. É importante ver como está a evolução
no sentido de ver que tipo de aparelho eles utilizaram”, explicou.
A outra
razão, aponta, é a possibilidade de o Ministério das Comunicações analisar de
que forma o desligamento do sinal analógico, em 2018, poderá impactar os
brasileiros. A meta da pasta é levar o sinal para, no mínimo, 93% das
residências que recebem programação de TV aberta com antenas analógicas.
"As
televisões de tela fina, desde 2001, já comportam um conversor de sinal de TV
digital dentro do aparelho. E as outras televisões, de tubo, não contam com
isso, mas a pessoa pode ter o conversor em casa, adaptar e ter a transmissão
digital de TV aberto", diz Ponte.
Sinal
digital
O IBGE
averiguou de que forma o sinal de TV chega às casas dos brasileiros. Das casas
com TV no Brasil, 19,7 milhões (31,2% do total) usufruem do acesso ao sinal
digital. “Não é muito pouco porque é muito pouco divulgado. A gente acredita
que com as medidas de publicidade, propagandas específicas e voltada para a
população que será atingida, a gente acredita que esse número aumenta
bastante”, afirma Araújo, do Ministério das Comunicações.
“Objetivo
[da pesquisa] foi no sentido de ampliar o leque de dados a disposição a
respeito do tema. (…) Estamos em processo de transição do sinal analógico da TV
aberta migrando para o sinal digital. Se entende em 2015 até o final de 2018 e,
portanto, é muito importante que a gente consiga estimar o contingente de
domicílios que está preparado para esta transmissão”, declara Araújo.
Segundo o
IBGE, 28,5% das residências brasileiras não recebem sinal digital, por antena
parabólica ou TV paga (cabo e satélite). As regiões Norte (34,3%) e Nordeste
(30,5%) são as com índice maior.
Ainda
segundo o IBGE, o Distrito Federal é o que tem a maior proporção de domicílios
com televisão que tinha recepção de sinal digital de TV aberta, 49,3%, enquanto
o Tocantins era o que tinha a menor proporção (11,8%).
A técnica
Jully Ponte acrescentou que dos domicílios com televisão, 64,1% não tinham recepção
de sinal digital de TV aberta, dos quais 28,5% não tinham outro tipo de
recepção de sinal de TV.
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