quarta-feira, 29 de abril de 2015

Cansados de esperar por ajuda após terremoto, nepaleses fecham estradas


Grupo fez protestos na capital e em vilarejo de distrito mais afetado.
Tremor deixou mais de 5 mil mortos e 11 mil feridos.
Moradores de vilarejos no Nepal bloquearam nesta quarta-feira (29) caminhões carregados de suprimentos para as vítimas do terremoto, exigindo que o governo aumente a ajuda após o desastre da semana passada, que deixou mais de 5 mil mortos e dezenas de milhares desabrigados e com pouca comida e água.
Na capital, Katmandu, cerca de 200 pessoas protestaram em frente ao Parlamento, pedindo mais ônibus para levá-los a seus lares em partes remotas da nação do Himalaia, e para acelerar a distribuição da ajuda que chegou ao país, mas que está chegando muito lentamente aos necessitados.
No vilarejo de Sangachowk, em um dos distritos mais afetados pelo terremoto, a cerca de três horas da capital, moradores bloquearam a estrada com pneus.
Os moradores pararam dois caminhões que seguiam para a capital do distrito com arroz, macarrão e biscoitos. Depois bloquearam um comboio de três caminhões militares com suprimentos, criando um tenso impasse com soldados armados.
"Não recebemos comida do governo", disse Udhav Giri, de 34 anos. "Caminhões carregando arroz passam e não param. A sede do distrito está recebendo toda a comida", completou.
O governo está tendo dificuldades para avaliar plenamente a devastação provocada pelo terremoto de magnitude 7,8 no sábado. "Este é um desastre em uma escala sem. precedentes. Houve alguma debilidade na gestão da operação de socorro", disse o ministro da Comunicação do Nepal, Minendra Rijal, na noite de terça-feira.
Uma autoridade do Ministério do Interior do Nepal disse que o número confirmado de mortos subiu para 5.006. Quase 10 mil pessoas ficaram feridas no país, e mais de 80 morreram na Índia e Tibet.
No entanto, houve sinais nesta quarta-feira de que Katmandu estaria voltando lentamente ao normal. Algumas pessoas se prepararam para voltar para casa para dormir após passarem as últimas quatro noites a céu aberto por medo de que suas casas não aguentassem tremores secundários.



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