Paralisação
é contra demissão de 500 funcionários que estavam em lay-off.
Empresa diz
que 40% da fábrica está ociosa devido a queda nas vendas.
Funcionários
da Mercedes-Benz entraram em greve nesta quarta-feira (22) por tempo
indeterminado, em resposta à demissão de 500 dos 750 trabalhadores que estavam
com os contratos suspensos até 30 de abril.
Muitos deles
estavam afastados desde maio do ano passado e tiveram o chamado
"lay-off" renovado em janeiro. Na ocasião, 244 funcionários já
ficaram de fora. O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC tenta negociar com a
fabricante desde então para manter os empregos, mas não houve acordo.
Na
sexta-feira (17), a Mercedes-Benz divulgou comunicado informando o desligamento
dos 500 funcionários em 4 de maio e a manutenção do programa de demissão
voluntária (PDV) até o próximo dia 27. A montadora oferece pagamento de 9
salários, em média, para quem aderir ao plano.
Com cerca de
10,5 mil funcionários, a fábrica no ABC paulista produz ônibus e caminhões. A
empresa diz que ainda há um excedente de 1.200 trabalhadores, além dos 750 que
estão em lay-off.
"Diante
de um cenário de ociosidade produtiva superior a 40% na fábrica de São Bernardo
do Campo, a Mercedes-Benz precisa adotar novas medidas e soluções mais definitivas para continuar a gerenciar o
excedente de pessoas na fábrica", afirmou a fabricante em nota.
Conforme dados
da associação de fabricantes (Anfavea), foram vendidos 19,3 mil caminhões no
primeiro trimestre - uma baixa de 36% em relação ao mesmo período de 2014. A
produção recuou 49%. Já os licenciamentos de ônibus recuaram 24,8% no primeiro
trimestre. A produção acompanhou o declínio com 17,7%.
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