Moeda
norte-americana recuou 0,89%, a R$ 2,955 na venda.
Na semana, o
dólar acumulou desvalorização de 2,84%.
O dólar
fechou em baixa nesta sexta-feira (24), completando quatro semanas seguidas de
desvalorização, após romper a barreira dos R$ 3 na véspera, em meio a um
cenário político local mais favorável e com indicadores econômicos dos Estados
Unidos ainda fracos.
A moeda
norte-americana recuou 0,89%, a R$ 2,955 na venda, renovando mínima desde o
início de março.
Segundo
dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 771 milhões.
Queda de
mais de 7% no mês
Na semana, o
dólar acumulou desvalorização de 2,84%. No mês de abril, a queda é de 7,4%. No
ano, entretanto, a divisa tem alta de 11,14%.
A moeda
norte-americana permaneceu perto da estabilidade durante a maior parte da
manhã, firmando-se em terreno negativo na parte da tarde acompanhando o
movimento de queda no exterior.
Na máxima
desta sessão, o dólar chegou a subir 0,36%, a R$ 2,9924, e na mínima recuou
0,94%, a R$ 2,9534.
Nesta sexta,
o Banco Central vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos
contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o
momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 81% do lote total.
Cenário
externo
No cenário
externo, a desvalorização da moeda norte-americana, de cerca de 0,35 ante uma
cesta de moedas, era amparada pelo dado fraco de encomendas das indústrias dos
EUA.
As
encomendas de bens de capital, excluindo o setor de defesa e aeronaves, caíram
0,5% no mês passado após queda revisada de 2,2% em fevereiro, que foi o maior
recuo desde julho de 2013.
"Foi
mais um indicador ruim de atividade nos Estados Unidos", disse à Reutes o
economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto, acrescentando que o
dado mais fraco consolida a expectativa de que o banco central norte-americano
vai manter um comunicado de política monetária mais expansionista na reunião da
próxima semana.
Na últimas
quatro semanas, a queda do dólar ante o real foi influenciada por uma série de
indicadores econômicos mostrando uma lenta recuperação nos EUA, o que poderia
levar o Federal Reserve a adiar o início do processo de elevação da taxa de
juros nos EUA, e por um cenário político local mais tranquilo.
"Ainda
pode haver turbulências com as votações de medidas no Congresso, mas as
sinalizações de que o governo está engajado em mudanças, principalmente no
ajuste fiscal, foram favoráveis", disse Campos Neto.
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