A Prefeitura de São Paulo confirmou na
tarde desta quinta-feira (9) mais dois casos de morte por dengue. No total, a
cidade registra quatro óbitos provocados pela doença neste ano. Em 2014, foram
14 mortes. Os dados foram apresentados pelo secretário-adjunto de Saúde, Paulo
Puccini.
Uma mulher de 27 anos, que morava na
região do Lajeado, na Zona Leste, e outra de 41 anos, moradora do Grajaú, na
Zona Sul, são as duas novas vítimas da doença. A Prefeitura já havia confirmado
a morte de uma senhora de 84 anos, moradora da Brasilândia, na Zona Norte, e de
um garoto de 11 anos, morador do Jardim Ângela, na Zona Sul.
De acordo com a Secretaria Municipal de
Saúde, 15 casos já foram descartados e outros nove ainda estão sendo
investigados. Dentre eles, uma morte inicialmente confirmada pelo Instituto
Adolfo Lutz.
"O Adolfo Lutz divulgou na
inocência de que confirmando o vírus [da dengue] na pessoa, o óbito teria
ocorrido por isso. Mas a gente sabe que a biologia, o corpo humano, não
funcionam dessa forma. A equipe que estava atendendo o paciente não conseguiu
chegar a uma avaliação e este caso foi encaminhado ao IML", disse o
secretário.
A gestão municipal ainda revela que nos
três primeiros meses de 2015, a cidade registrou 8.063 casos de dengue contra
3.183 no mesmo período de 2014. A incidência é cerca de três vezes maior que a
do ano passado.
"Nossa taxa se mantém em um nível
bastante inferior a do estado. É alto, mas nos tranquiliza em relação à vitória
que estamos tendo em relação ao nosso plano de contingência", defendeu
Puccini.
Ações
No final de março, a gestão municipal
montou a primeira tenda para atender casos de dengue na Unidade Básica de Saúde
do Jardim Vista Alegre, na região da Brasilândia, na Zona Norte. O local segue
como líder de incidência da doença na cidade.
O secretário ressaltou que o local serve
de apoio à hidratação de pacientes com suspeita da doença atestada por médicos.
"Ela tem capacidade de fazer apenas a reidratação de 150 pacientes por
dia", explicou. Segundo balanço da prefeitura, 517 pessoas foram atendidas
em três dias.
No espaço, um equipamento permite que um
profissional no Hospital Albert Einstein dê suporte online aos quatro médicos
que atendem no local.
Ainda serão montadas tendas na AMA/UBS
Vila Palmeiras, na Freguesia do Ó, e AMA/UBS Elísio Teixeira Leite, no Jaraguá.
A previsão é que elas comecem a funcionar em duas semanas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário