Ministro da
Fazenda participou de reunião dos governadores do Nordeste.
Ele defendeu
aumento de receitas para ações como Minha Casa, Minha Vida.
O ministro
da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira (8), no Rio Grande do
Norte, que todas as atividades do governo, como manutenção de programas
sociais, dependem da implantação de um ajuste fiscal, ou seja, do reequilíbrio
das receitas e despesas da União.
Em visita a
Natal, onde participou do Fórum dos Governadores do Nordeste, Levy ressaltou a
importância da aprovação das medidas de ajuste fiscal propostas pelo governo
federal. O Congresso Nacional discute, atualmente, duas medidas provisórias
editadas, em dezembro, pelo Executivo que propõem ajustes nas contas públicas,
com novos critérios de acesso ao seguro-desemprego e às pensões por morte.
"Todas
as atividades do governo dependem de um ajuste fiscal, dependem de termos as
receitas necessárias para poder pagar. A gente não pode gastar mais do que
nossas receitas. Então, nós precisamos ter essas receitas, e é isso que vem
sendo discutido no Congresso", disse o ministro da Fazenda.
Levy disse
que o governo federal tem feito "um grande esforço" para manter todos
seus programas sociais, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida.
Conforme ele, as duas MPs que estão em tramitação no parlamento são importantes
para a União obter o dinheiro necessário para bancar, por exemplo, projetos
habitacionais e de transferência de renda.
"Estamos
trabalhando no Congresso para obter a receita necessária para ter o dinheiro
para continuar programas como o Minha Casa, Minha Vida", observou.
Indagado por
repórteres sobre se, diante do ajuste fiscal, poderia faltar dinheiro para
manter o programa habitacional do governo federal, Levy ponderou que o
Executivo está discutindo meios para assegurar o equilíbrio das contas a ponto
de não ocorrer uma "queda súbita" do Minha Casa, Minha Vida.
"É isso
que a gente está discutindo para a gente ter, dentro do planejamento fiscal, da
capacidade fiscal do país, recursos para não ter uma queda súbita do Minha
Casa, Minha Vida, porque isso não está nos planos do governo."
Encontro com
governadores
Convidado a
participar do encontro dos governadores do Nordeste, Joaquim Levy afirmou que
sua principal atuação no evento será ouvir as demandas dos governantes
estaduais. O ministro ponderou que, no encontro, serão debatidas alternativas
para manter os empregos na região e opções para proporcionar uma estrutura aos
governos nordestinos.
Segundo ele,
ficou "muito claro" durante as discussões do ajuste fiscal
implementado pela presidente Dilma Rousseff que os governadores têm confiança
na chefe do Executivo federal.
"A
marca do governo tem que ser, sempre, o diálogo e a confiança dos governadores
com a presidente Dilma, o apoio ao ajuste fiscal ficou muito claro",
enfatizou.
O titular da
Fazenda ressaltou ainda que o governo federal e as administrações estaduais,
daqui para frente, irão discutir como promover uma política regional
"concreta", envolvendo mais investimentos, atração de empresas para a
região e criação de empregos.
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