Nos últimos
4 anos, moradores de rua passam a 15.905; maioria está na Sé.
Ritmo de
aumento diminui, mas é maior do que restante da população.
O número de
moradores de rua da cidade de São Paulo cresceu 10% nos últimos quatro anos e
chegou a 15.905. O último censo, realizado em 2011, apontava 14.478 pessoas
pelas ruas de toda a cidade. O
crescimento é superior ao do restante da população, mas caiu pela metade: de
5,14% na década de 2000 para 2,5% desde 2009.
Os dados
fazem parte do Censo da população de rua da cidade, realizado pela Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) entre 23 de fevereiro e 26 de março.
Para atender
a população de rua, o prefeito Fernando Haddad instituiu o Comitê Permanente de
Gestão de Situações de Baixas Temperaturas.
De acordo
com decreto publicado no Diário Oficial deste sábado (9), o comitê será formado
por um representante da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento
Social, dois representantes da Secretaria Municipal de Coordenação das
Subprefeituras, um da Coordenadoria Municipal da Defesa Civil, três
representantes da Secretaria Municipal da Saúde, um da Guarda Civil
Metropolitana, do Centro de Gerenciamento de Emergências, um da CET e um da
Secretaria Municipal de Direitos Humanos.
O objetivo
do Comitê é “minimizar os impactos das baixas temperaturas sobre a população em
situação de rua, a qual dada sua fragilidade nutricional e de saúde, está
sujeito a risco de morte por choque térmico”.
Localização
e idade
Segundo o
censo, mais da metade dos moradores de rua passa as noites nas ruas da
Subprefeitura da Sé (52,7%). A segunda
subprefeitura mais povoada por essa população é a da Mooca, com 11,5%, e a
terceira é a da Lapa, com 5,6%.
A maior
parte da população em situação de rua é do sexo masculino. São 13.046 homens
(82%) e 2.326 mulheres (14,6%). Do total, 533 pessoas (3,4%) não tiveram o sexo
identificado na contagem, por estarem dormindo ou cobertas.
A idade
média dos moradores de rua é de 39,7 anos para aqueles que pernoitam em vias
públicas e de 42,7 anos para os acolhidos na rede de assistência social da
Prefeitura. Já a idade máxima é de 86 anos para o primeiro grupo e de 94 anos
para o segundo.
A maior
parte dos moradores de rua tem entre 31 e 49 anos. São 5.823 pessoas (36,6%)
nessa faixa etária. Destes, 3.461 são acolhidos pela Prefeitura e 2.362 dormem
em vias públicas.
De acordo
com o censo, há 403 crianças de até 11 anos em situação de rua. Destas, 370 são
atendidas por serviços da prefeitura
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