quinta-feira, 28 de maio de 2015

Dólar fecha em alta e atinge maior cotação em quase dois meses


Moeda norte-americana subiu 0,59%, a R$ 3,1638 na venda.
No mês de maio, o dólar acumula alta de 5% e, no ano, de 18%.
O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (28), acompanhando a subida global da divisa norte-americana, em meio a expectativas de que os juros nos Estados Unidos começarão a subir ainda neste ano, enquanto incertezas sobre o ajuste das contas públicas no Brasil mantiveram investidores locais na defensiva.

A moeda norte-americana avançou 0,59%, a R$ 3,1638 na venda – após ter caído 0,15% na sessão passada.
É a maior cotação desde o dia 1º de abril, quando o dólar fechou a R$ 3,17. Em maio, o dólar acumula alta de 5%, e em 2015, de 18%.
O dólar tem avançado em relação às principais moedas nas últimas sessões, já que investidores se preparam para o eventual início do aperto monetário na maior economia do mundo, o que pode diminuir a atratividade de investimentos em outros mercados.

Preocupações com os problemas envolvendo a dívida da Grécia também têm pesado na cotação da moeda, em meio a temores sobre um default e a possibilidade de o país deixar a zona do euro.
"Parece que está havendo uma mudança global de patamar do dólar por causa da normalização da política monetária dos EUA. O mercado começa a achar que isso não é temporário", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno.

O BNP Paribas, por exemplo, estimou em nota a clientes que a tendência de alta do dólar tem potencial de levar o real a cair mais 18% em relação à moeda norte-americana até 2017.
Cenário interno
No Brasil, as questões entre o Congresso e o Planalto na aprovação das medidas do ajuste fiscal também têm corroborado o clima de apreensão nos mercados financeiros.

"Estruturalmente, as condições internas ainda favorecem a alta da moeda americana", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em relatório. "O governo ainda tem longo caminho para percorrer. As dificuldades políticas são importante sinal para empresários voltarem a investir em nossa economia e os sinais ainda são desanimadores nesse campo", acrescentaram.

Mais cedo, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em junho, com oferta de até 8,1 mil contratos.


Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,15%, a R$ 3,1452 na venda, interrompendo quatro altas seguidas. Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 3,18, maior cotação em quase dois meses.

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