Moeda
norte-americana subiu 0,59%, a R$ 3,1638 na venda.
No mês de
maio, o dólar acumula alta de 5% e, no ano, de 18%.
O dólar
fechou em alta nesta quinta-feira (28), acompanhando a subida global da divisa
norte-americana, em meio a expectativas de que os juros nos Estados Unidos
começarão a subir ainda neste ano, enquanto incertezas sobre o ajuste das
contas públicas no Brasil mantiveram investidores locais na defensiva.
A moeda
norte-americana avançou 0,59%, a R$ 3,1638 na venda – após ter caído 0,15% na
sessão passada.
É a maior
cotação desde o dia 1º de abril, quando o dólar fechou a R$ 3,17. Em maio, o
dólar acumula alta de 5%, e em 2015, de 18%.
O dólar tem
avançado em relação às principais moedas nas últimas sessões, já que
investidores se preparam para o eventual início do aperto monetário na maior
economia do mundo, o que pode diminuir a atratividade de investimentos em
outros mercados.
Preocupações
com os problemas envolvendo a dívida da Grécia também têm pesado na cotação da
moeda, em meio a temores sobre um default e a possibilidade de o país deixar a
zona do euro.
"Parece
que está havendo uma mudança global de patamar do dólar por causa da
normalização da política monetária dos EUA. O mercado começa a achar que isso
não é temporário", disse o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano
Rostagno.
O BNP
Paribas, por exemplo, estimou em nota a clientes que a tendência de alta do
dólar tem potencial de levar o real a cair mais 18% em relação à moeda
norte-americana até 2017.
Cenário
interno
No Brasil,
as questões entre o Congresso e o Planalto na aprovação das medidas do ajuste
fiscal também têm corroborado o clima de apreensão nos mercados financeiros.
"Estruturalmente,
as condições internas ainda favorecem a alta da moeda americana",
escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em relatório. "O
governo ainda tem longo caminho para percorrer. As dificuldades políticas são
importante sinal para empresários voltarem a investir em nossa economia e os
sinais ainda são desanimadores nesse campo", acrescentaram.
Mais cedo, o
Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais que vencem em
junho, com oferta de até 8,1 mil contratos.
Na véspera,
a moeda norte-americana caiu 0,15%, a R$ 3,1452 na venda, interrompendo quatro
altas seguidas. Na máxima do dia, a moeda chegou a R$ 3,18, maior cotação em
quase dois meses.
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