'Um dos
melhores finais de série que já vi', disse fã que foi ao bar ver série.
Elenco se
reuniu pela última vez em evento neste domingo (17).
Após sete
temporadas, a série "Mad Men" teve seu episódio final exibido na
noite de domingo (17) e os fãs se reuniram em festas temáticas em bares,
restaurantes e clubes de Nova York para acompanhar as últimas cenas da saga de
Don Draper e companhia.
Em City
Winery, em Tribeca (sul de Manhattan), onde mais de 100 pessoas acompanharam o
último episódio com vinho e pizza em um ambiente festivo, alguns choraram,
outros aplaudiram e todos ficaram surpresos e satisfeitos com o fim da série.
"Queríamos
assistir em algum lugar. Meu namorado encontrou este aqui e pensamos 'por quê
não?'", afirmou à AFP Dawn Carrington, uma designer de Londres que usava
um vestido justo e o cabelo ao estilo da personagem Joan Harris (Christina
Hendricks), uma das estrelas de "Mad Men".
"É a
minha série de TV favorita. É viciante. Considero especial por duas coisas: em
termos de estilo é muito rigorosa e é muito bem escrita. Os personagens são
muito reais, são personagens com defeitos", disse a artista, que mora há
15 anos em Nova York.
Para muitos
fãs da série criada por Matthew Weiner e que estreou nos Estados Unidos em
junho de 2007, o episódio 92, com o título "Person to Person", tinha
como principal atração descobrir o destino de Don Draper, interpretado por Jon
Hamm.
"É um
dos melhores finais de série que já vi. Muito inteligente", disse Greg
Caulfield, um engenheiro de 42 anos, ao comentar a conclusão.
Com os
complexos personagens, sua estética, sua fotografia particular e o ritmo lento
de narrativa, "Mad Men" cativou os telespectadores ao contar a vida
de uma agência de publicidade na Nova York dos anos 60, que ao mesmo tempo
representou um reflexo da sociedade da época.
O caos dos
anos 60
A estreia de
"Mad Men" aconteceu apenas um mês depois do fim da série "The
Sopranos", outro marco da televisão americana, e representou o início de
uma nova era para o canal a cabo AMC, que posteriormente lançaria outros
sucessos como "Breaking Bad" (2008-2013) e "The Walking
Dead" (estreia em 2010).
Com quatro
prêmios Globo de Ouro e 15 Emmy, a série também triunfou por abordar temas como
o sexismo e o racismo, dois problemas contra os quais os Estados Unidos ainda
lutam.
"Não é
sobre publicidade. Isto é apenas o pano de fundo. É sobre as pessoas e o
período no qual vivem", disse Caulfield, para quem boa parte do charme da
série é a época retratada, os conturbados anos 1960. "Porque existe caos.
Os anos 60 foram muito dramáticos, com assassinatos, Vietnã, distúrbios
civis", explica.
Antes mesmo
da exibição dos últimos sete episódios da série (a partir de 12 abril), Nova
York começou a prestar homenagem a "Mad Men".
O canal AMC
inaugurou uma escultura comemorativa diante do 'Time and Life Building', sede
na ficção da Sterling Cooper and Partners, a agência de publicidade de Don
Draper e seus companheiros.
O Museu da
Imagem em Movimento organizou uma mostra com cenários, figurinos e centenas de
objetos de decoração, assim como um espaço fascinante que mostra como o
produtor Matthew Weiner transformou sua ideia em uma série aclamada de TV.
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