Um membro do comando
islamita que atacou na quinta-feira (2) a Universidade queniana de Garissa,
fazendo 148 mortos, foi identificado como um jovem queniano da etnia somali,
formado em Direito em Nairobi, informou neste domingo (5) o ministério do
Interior do Quênia.
"Um dos quatro shebab
que atacou a Universidade de Garissa (...) foi identificado como Abdirahim
Abdullahi, originário da região de Mandera, localizada no extremo nordeste do
Quênia, na fronteira com a Somália", declarou o porta-voz do ministério do
Interior, Mwenda Njoka.
Abdirahim Abdullahi, que
foi morto no ataque pelas forças de segurança, "graduou-se na Faculdade de
Direito de Nairobi e era descrito como alguém com um futuro brilhante",
acrescentou.
Seu pai, uma autoridade
local de um círculo eleitoral de Mandera, "havia dito às autoridades que
seu filho havia desaparecido e que ele suspeitava que o jovem havia entrado na
Somália", acrescentou Njoka. De acordo com um parente, Abdullahi estava
desaparecido desde 2013 e todos acreditavam que ele teria ido para a Somália.
As autoridades quenianas
ainda estão tentando identificar os três outros agressores, mortos após 16
horas de cerco, em que 142 estudantes, três policiais e três soldados foram
mortos.
Sábado à noite, em seu
primeiro discurso desde o fim do cerco, o presidente Uhuru Kenyatta considerou
que "lutar contra o terrorismo tornou-se particularmente difícil, porque
aqueles que planejam e o financia estão profundamente implantados em nossas
comunidades e são considerados como pessoas comuns e inofensivas".
"A radicalização
que alimenta o terrorismo acontece (...) a céu aberto, em escolas corânicas, em
casas e mesquitas com imãs sem escrúpulos", alertou, chamando os líderes
religiosos e comunitários, mas também familiares, a denunciar a radicalização.
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