quinta-feira, 30 de abril de 2015

Brasil quer imunizar 49 milhões contra a gripe; vacinação inicia dia 4


Ministério da Saúde vai distribuir 54 milhões de doses este ano.
Campanha nacional de vacinação segue até 22 de maio em todo o país.
Começa na próxima segunda-feira (4) a campanha nacional de vacinação contra a gripe, com a distribuição de 54 milhões de doses para os chamados “grupos prioritários”. Segundo o Ministério da Saúde, foram investidos R$ 487 milhões na ação, que segue até 22 de maio.
Fazem parte do grupo vulnerável as crianças de 6 meses a menores de 5 anos, doentes crônicos, idosos com 60 anos ou mais, trabalhadores da saúde, povos indígenas, gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto, presos e funcionários do sistema prisional, além da população indígena.
A meta deste ano é imunizar 49 milhões de pessoas. Em 2014, 44,3 milhões receberam a vacina, o equivalente a 86,7% do total previsto pelo ministério.
A dose, via injeção, protege contra os subtipos do vírus influenza: H1N1, H3N2 e B. O dia “D” da campanha, dia nacional de mobilização, será em 9 de maio.
Em 2015 não houve a inclusão de um novo grupo prioritário. No entanto, Carla Domingues, coordenadora do programa nacional de imunização, disse que é preciso fortalecer a participação das gestantes, que têm maior risco de complicação caso contraiam a gripe.

“Ao vacinar [uma grávida], ocorre a imunização passiva do bebê, que passa a ser protegido até os seis meses de idade, período quando a criança receberá a dose”, explica.
De acordo com o governo, 1.794 pessoas foram internadas no ano passado em decorrência de complicações da gripe e 326 morreram. A cepa H1N1 foi a que provocou o maior número de óbitos (163), seguido do H3N2 (105).
Atraso na entrega
De acordo com os técnicos do ministério, todas as 54 milhões de doses serão distribuídas pelo Brasil. Eles alegam que, devido ao processo de logística, podem haver pontuais atrasos na entrega das vacinas. "Não é possível distribuir as doses ao mesmo tempo. Temos que pedir transporte, liberação alfandegária (...) o que pode acontecer é faltar em um dia, mas no outro haverá reposição. É uma questão de acomodação do processo", disse Carla.
O ministro Arthur Chioro complementou o assunto alegando que "não faltará vacina" para o público. Além disso, ele comentou sobre o que considera boato o fato de quem tomar a vacina vai desenvolver a gripe.
“A vacinação é extremamente segura. A enfermidade mais comum entre nós é o resfriado, produzido por outros vírus que não causam a gripe. É possível que você fique resfriado, mas a proteção contra as três cepas do vírus será garantida efetivamente com a vacina. A proteção é coletiva, porque a circulação dos vírus fica atenuada”, explica.

De acordo com o ministério, o medicamento é contraindicado a pessoas com histórico de reação anafilática em doses anteriores e a quem tem algum tipo de alergia grave à proteína do ovo, uma vez que a dose é produzida em embriões de galinha.

Renan diz que é 'uma coisa ridícula' Dilma 'não poder falar no dia 1º'


Para o presidente do Senado, 'panelas precisam se manifestar' na democracia.
Peemedebista anunciou que irá propor pacto pela criação de empregos.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta quinta-feira (30) ser "uma coisa ridícula" a presidente Dilma Rousseff não poder fazer pronunciamento em cadeia de rádio e TV nesta sexta (1º), no feriado do Dia do Trabalho, por não ter "o que dizer" aos trabalhadores. O peemedebista anunciou que irá propor ao governo federal um pacto para a criação e manutenção do emprego no país.
Nesta quarta (29), o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, afirmou que, em vez de fazer o tradicional pronunciamento do dia 1º de maio, a presidente divulgará vídeos nas redes sociais como forma de se manifestar sobre o Dia do Trabalho.
"O governo não tem agenda, não tem iniciativa, há um vazio evidente que fragiliza o governo. [...] Essa coisa da presidente da República não poder falar no dia 1º porque não tem o que dizer é uma coisa ridícula. Isso enfraquece o governo", afirmou Renan.
Esta será a primeira vez, desde que assumiu o comando do país, em 2011, que Dilma não fará um pronunciamento em cadeia de rádio e TV no feriado do trabalhador. No entanto, o titular da Comunicação Social negou que o motivo da decisão seja evitar um panelaço de protesto contra o governo, como o do último dia 8 de março, quando Dilma se manifestou sobre o Dia Internacional da Mulher.
Em rota de colisão com o Planalto, Renan disse que, apesar do risco de a presidente voltar a ser alvo de um novo panelaço, ela deveria se pronunciar. Na visão dele, "panelas precisam se manifestar na democracia".
"Não há nada pior do que a paralisia, do que a falta de iniciativa, do que o vazio. Nós fizemos a democracia no Brasil para deixar as panelas falarem, as panelas precisam se manifestar. Nós precisamos, todos, ouvir o que as panelas dizem. O nós não podemos deixar acontecer no Brasil é falta de iniciativa, falta do que dizer. Certamente, a presidente Dilma não vai falar no dia 1º de maio porque não tem o que dizer", disse Renan.
Ao conceder uma entrevista coletiva no Planalto ao lado de representantes de centrais sindicais, o ministro da Secretaria-Geral, Miguel Rossetto, comentou as declarações do presidente do Senado. Segundo Rossetto, não é verdade que Dilma não irá se manifestar no Dia do Trabalho.
"A presidenta vai se manifestar, sim, em relação ao 1º de maio. Ela vai falar aos trabalhadores do nosso país, sim, através das redes sociais, que são um conjunto importante que ela está utilizando e vai utilizar durante todo o dia", enfatizou.
"Ela tem falado e vai falar aos trabalhadores, homenageando o primeiro de maio, aqueles que trabalham, produzem a riqueza do país, homenageando o conjunto das conquistas históricas, renovando seu compromisso com os trabalhadores", complementou.
O titular da Secretaria-Geral também negou que a razão de a presidente ter optado por não fazer o pronunciamento seja o receio de ser alvo de um novo panelaço. "Claro que não [teme o panelaço]. O governo faz, se manifesta e se pronuncia, tem iniciativas positivas, seguramente. O governo respeita a democracia, as manifestações, preserva e estimula o processo permanente de diálogo", argumentou Rossetto.
Pacto pelo emprego
Ao explicar sua proposta de um pacto pela defesa do emprego, Renan Calheiros disse que é preciso que o governo federal tenha uma "meta" para a criação de empregos, a exemplo das metas de inflação e de superávit fiscal. Ele ressaltou ainda que o pacto seria temporário e duraria somente enquanto o país enfrenta a crise econômica.
Entre as propostas defendidas pelo presidente do Senado estão o estímulo a compras governamentais; o estímulo do aumento de crédito pela Caixa, pelo Banco do Brasil e pelo BNDES para empresas que preservarem e criarem novos empregos; e manter "criteriosamente" a desoneração da folha de pagamento.
"Qualquer proposta nessa direção, que possa entrar no pacto da defesa do emprego, será muito bem recebido", disse Renan, ao ressalta que levará as ideias ao Palácio do Planalto no próximo mês, após discutir as propostas com setores da economia e senadores.
"Tudo o que colaborar na geração do emprego, na oferta de vagas, terá que ser discutido no pacto, absolutamente tudo, venha de onde vier. Agora, nós íamos, em torno de um pacto que seria construído, juntar o governo, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, ter uma diretriz, preencher o vazio, estabelecer uma iniciativa para que a presidente tenha o que comunicar no Dia do Trabalhador", ressaltou.
Ao ser questionado sobre como implementar o pacto diante de um "mal-estar" criado entre o Congresso Nacional e a presidente Dilma Rousseff, o peemedebista afirmou que não existe mal-estar, mas que "pode haver diferenças" entre o parlamento e o Palácio do Planalto.
"E é natural que, na democracia, nós tenhamos diferenças. Mas esse pacto servirá até para juntar todos em torno de uma saída para o Brasil", observou o peemedebista.
"Quando a recessão acabar, quando a economia melhorar, estará desfeito o pacto. Mas até lá, da mesma forma que nós protegeremos meta de inflação, meta de superávit, protegeremos o emprego", concluiu.
A expectativa é de que Renan faça um pronunciamento em plenário no dia 5 de maio para explicar e elencar as ideias que comporão o pacto pelo emprego. Em seguida, explicou o senador, as propostas deverão ser levadas à presidente da República.
'Coordenador de RH'
Na coletiva desta quinta, Renan Calheiros também criticou o fato de o vice-presidente da República, Michel Temer – que é o presidente nacional do PMDB –, ter passado a centralizar a distribuição de cargos no segundo escalão do governo Dilma. Para Renan, o PMDB não pode se transformar em um "coordenador de RH" do Planalto, "distribuindo cargos e posições" no Executivo federal. O peemedebista disse que não indicará ninguém para ocupar cargos na administração pública federal.
A relação entre o presidente do Senado e o Palácio do Planalto se desgastou desde que Dilma nomeou, há duas semanas, o ex-presidente da Câmara Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) – aliado do atual presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) – para o comando do Ministério do Turismo. Alves substituiu no cargo o engenheiro agrônomo Vinícius Lages, que era afilhado político de Renan Calheiros.
"O PMDB não pode se transformar em um coordenador de RH distribuindo cargos e posições. Isso seria, do ponto de vista do nosso partido, que é o maior partido do Brasil [...] um retrocesso que essa distribuição de cargo significa", ironizou Renan.

"Eu não quero é participar do Executivo. Eu não vou indicar cargo no Executivo porque esse papel hoje é incompatível com o Senado independente. E eu prefiro manter a coerência do Senado independente, não participando de forma nenhuma de indicação de cargos no Executivo", complementou.

Dólar opera em alta e volta a bater barreira dos R$ 3

O dólar acumula queda de 7,2% no mês de abril.
No ano, porém, a moeda ainda tem valorização de mais de 11%.
O dólar opera em alta nesta quinta-feira (30) e chegou a superar os R$ 3, acompanhando a alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro norte-americano e reagindo ao resultado fiscal fraco do governo brasileiro em março.

Às 15h26, o dólar operava em forte alta de 1,76%, a R$ 3,0086 na venda.
Especialistas lembravam ainda que a briga pela formação da Ptax de abril – taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais – tende a injetar volatilidade no mercado.
As principais moedas emergentes também perdiam terreno contra a divisa dos EUA, pois a alta das taxas dos Treasuries diminuía a atratividade relativa de investimentos em países como o Brasil. Segundo operadores, esse movimento era causado por uma série de dados positivos sobre a maior economia do mundo, incluindo uma queda dos pedidos de auxílio-desemprego ao menor nível desde 2000.
Investidores têm buscado pistas sobre quando o Federal Reserve pretende começar a elevar os juros norte-americanos. Na sessão passada, o crescimento econômico fraco dos EUA no primeiro trimestre alimentou expectativas de que isso pode demorar mais que o esperado para acontecer, mas os indicadores econômicos desta sessão sugeriram que o mau desempenho pode não ter se estendido ao longo do ano.
"O Fed tem que olhar para o futuro, e não para o passado", afirmou o economista da 4Cast Pedro Tuesta.
No Brasil, a postura mais defensiva dos investidores era corroborada pelo superávit primário de R$ 239 milhões apurado pelo governo em março, bem abaixo dos R$ 5,15 bilhões esperados por analistas. O mercado viu no número sinais de que os obstáculos políticos ao ajuste fiscal promovido pelo governo podem atrasar ainda mais o reequilíbrio das contas públicas, medida considerada essencial para resgatar a credibilidade do país perante investidores.
A intervenção do Banco Central no câmbio também concentra as atenções do mercado. A autoridade monetária ainda não anunciou o início da rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de junho que e equivalem a uma posição vendida de 9,656 bilhões de dólares, após rolar quase integralmente o lote que vence em maio.
"O mercado está um pouco mais tranquilo, então talvez (o BC) espere um pouco para ver se esse alívio dura ou role um pouco menos do que 100 por cento", disse o operador de um importante banco nacional.


Na véspera, a moeda norte-americana avançou 0,52%, negociada a R$ 2,9574 na venda, após chegar a subir 0,80% na máxima da sessão e recuar 0,93% na mínima. O dolar acumula queda de 7,2% no mês. No ano, porém, a moeda ainda tem valorização de mais de 11%.

Mulher é retirada viva de escombros no Nepal cinco dias após terremoto


Cozinheira estava consciente e foi enviada para hospital.
Equipes trabalharam durante toda a noite para salvar a mulher.
As equipes de socorro resgataram nesta quinta-feira uma sobrevivente dos escombros de um prédio que havia desmoronado na capital do Nepal, cinco dias após um forte terremoto que matou quase 6.000 pessoas.
Os socorristas trabalharam durante toda a noite para salvar a mulher, uma cozinheira de cerca de 30 anos, o segundo resgate deste tipo em um dia depois que um adolescente de 15 anos foi salvo em outro hotel a poucas ruas de distância.
Soldados nepaleses e uma enorme equipe de especialistas de França, Noruega e Israel que ajudaram no resgate comemoraram e aplaudiram quando a mulher - uma sobrevivente rara - foi levada de maca para uma ambulância.
"Ela estava ferida, mas estava consciente e conversando", declarou um major do exército do Nepal a um jornalista da AFP no local.
"Ela foi enviada para um hospital militar", acrescentou, identificando a mulher como uma cozinheira de cerca de 30 anos chamada Krishna Devi Khadka.
"É como se ela tivesse nascido de novo", disse.
Mais cedo, socorristas americanos e nepaleses resgataram Pemba Tamang, um adolescente de 15 anos, que disse à AFP ter permanecido vivo comendo manteiga clarificada.

Mas a recuperação do corpo de outro adolescente dos mesmos escombros minutos mais tarde demonstrou que as perspectivas de encontrar mais sobreviventes do terremoto de 7,8 graus que atingiu o país no sábado tornam-se cada vez mais remotas.

Mãe de bebê resgatado após 22 horas no Nepal diz que ouvia seu choro


Criança de 5 meses sobreviveu com apenas um arranhão no rosto.
Ele ficou preso em escombros após forte terremoto no sábado (25).
A mãe do bebê de apenas 5 meses que ficou mais de 22 horas soterrado em escombros após o forte terremoto que atingiu o Nepal no fim de semana disse que conseguia ouvir a criança chorando durante o período em que ela ficou presa nos destroços.
“Eu conseguia ouvi-lo chorando nas ruínas de nossa casa”, contou Rasmila Awal, mãe de Sonit Awal ao jornal “Daily Mail”.
O menino foi resgatado por soldados nepaleses com seu rosto e corpo cobertos de poeira. Ele estava em casa em Muldhoka, a leste da capital Katmandu, no sábado (25) quando o terremoto de magnitude 7,8 aconteceu.  Um armário que caiu sobre ele, deixando um espaço e protegendo-o, foi o que o salvou da morte.
Sonit dormia em seu berço na parte de cima da casa quando as paredes do imóvel de quatro andares começaram a rachar e cair sobre ele. Seus pais e sua irmã mais velha, de 10 anos, estavam do lado de fora, e tentaram desesperadamente tirar o menino dos escombros.
Durante as horas de procura, familiares e amigos usaram as próprias mãos para retirar os escombros e tentar achar o menino. Sem equipamentos, entretanto, o trabalho era quase impossível.
Rasmila falou sobre a “alegria incontrolável” que ela sentiu quando a equipe de resgate finalmente chegou e conseguiu tirar Sonit dos escombros, com apenas um arranhão em seu rosto.
“Estou muito feliz de ter meu bebê de volta. Estou muito feliz que ele está vivo.”
“Deus me deu meu filho de volta, quero que ele tenha uma vida boa e seja bom com os outros”, afirmou.


Italiano 'bate telefone na cara' do Papa achando que ligação era trote


Franco Rabuffi desligou por duas vezes ligação papal e pediu desculpas.
Francisco tem hábito de telefonar para enfermos e oferecer consolo.
Um italiano que bateu duas vezes o telefone na cara do papa Francisco, por achar que se tratava de um trote, se apresentou na quarta-feira no Vaticano para pedir desculpas ao pontífice, informou o jornal "l'Osservatore Romano".
Jorge Bergoglio costuma ligar para pessoas doentes para oferecer consolo e na última segunda-feira (27) foi a vez de Franco Rabuffi receber o telefonema.
Rabuffi, no entanto, achou que estava sendo alvo de um trote e desligou o telefone em duas ocasiões. Na terceira vez, ficou em dúvida e atendeu. "Fiquei sem palavras, mas Francisco veio em minha ajuda e me disse que o que aconteceu era engraçado", contou.

Rabuffi foi com sua esposa à audiência-geral do Vaticano para apresentar suas desculpas ao pontífice.

Fortes chuvas deixam mortos e 10 mil desabrigados em Cuba


Pelo menos duas pessoas morreram nesta quarta em Havana.
Ventos alcançaram velocidades de até 98 Km/h.
As fortes chuvas que caíram na quarta-feira (30) em Cuba deixaram dois mortos, mais de 10 mil desabrigados e três imóveis destruídos em Havana, informou a imprensa local.
Segundo o jornal Granma, os ventos alcançaram velocidades de até 98 Km/h.
O Estado-Maior da Defesa Civil informou que duas pessoas morreram por afogamento e eletrocução.
Os desabamentos ocorrem com certa frequência na capital cubana, principalmente na parte antiga da cidade, onde os imóveis são muito antigos e superlotados.


quarta-feira, 29 de abril de 2015

Nave 'perdida' deve retornar à Terra entre 5 e 7 de maio, diz agência russa


Roscosmos monitora a Progress M-27M e descarta acoplagem na ISS.
Nave não-tripulada transportava 2,5 toneladas de suprimentos.
A agência espacial russa, a Roscosmos, divulgou na tarde desta quarta (29) que monitora a nave-cargueiro Progress M-27M, que apresentou problemas horas depois de decolar rumo à Estação Espacial Internacional (ISS), e informou que o foguete deve reentrar a atmosfera da Terra entre 5 e 7 de maio.
Em comunicado publicado em seu site, a Roscosmos descartou qualquer chance de reaproximação do foguete com suprimentos com a plataforma onde estão os astronautas.
O texto diz que o voo desde o Cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, até o espaço ocorreu normalmente. Porém, 1,5 segundo antes da separação da nave do veículo lançador, houve perda de dados do sistema de telemetria (responsável por enviar informações para a Terra).
"Quando os dados foram recuperados, o tempo para a separação já havia passado", explica a Roscosmos. Ainda de acordo com a agência, houve tentativas para que ocorresse a ancoragem segura da nave não-tripulada na Estação Espacial, mas o plano foi descartado por apresentar riscos.
"Estamos atualmente monitorando os sistemas e os especialistas da Roscosmos deverão vão nos informar prontamente a evolução do caso", diz o texto.
Sem risco de colisão com a Estação Espacial
O documento cita ainda que a Progress M-27M não oferece risco de colisão com a ISS e poderá entrar em contato com a atmosfera da Terra entre 5 e 7 de maio.
Um relatório será elaborado até 13 de maio e nele estará a conclusão sobre o que provocou a falha em um dos processos do lançamento.

Com 2,5 toneladas de suprimentos, a nave deveria chegar à plataforma internacional seis horas depois de sua decolagem. Ela carrega combustível, oxigênio, alimentos, equipamentos científicos para os astronautas. Após a perda, cujo custo é estimado em até US$ 90 milhões, o próximo cargueiro em direção à ISS sairá da Terra no 3º trimestre deste ano.

De qualquer forma, os astronautas têm provisões suficientes para continuar com sua vida no espaço, apesar do incidente com a Progress.

Família faz festa no aeroporto do Rio para volta de cariocas do Nepal


Monique e Danielle doaram roupas e voltaram só com roupa do corpo.
'Está proibida de viajar tão cedo', disse mãe de Danielle, orgulhosa.
As famílias das cariocas Monique Corrêa Santos e Danielle Sulamita Pio preparam uma festa para receber as amigas no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), na Ilha do Governardor, na tarde desta quarta-feira (29). Os parentes chegaram por volta 14h e vestiam camisas com foto das amigas.
A previsão inicial era de que Monique e Danielle chegassem ao Rio por volta das 14h30, mas de acordo com o painel da Infraero no aeroporto, o pouso foi às 14h50.

A dupla viajava pelo Nepal, na Ásia, quando um terremoto de 7,8 graus na escala Richter atingiu o país e deixou mais de 5 mil mortos. Foi o abalo mais violento no local em 80 anos.
Mãe de Danielle, Marinez Pio se disse muito "orgulhosa", mas brincou que a filha está proibida de viajar de novo. "É maravilhoso poder abraçá-la e agarrá-la novamente. Eu sou cristã e tinha certeza que ela estava viva. Ficamos apreensivos, mas eu tinha uma paz no coração. Ela gosta de flores, por isso eu trouxe margaridas para ela. E ela está proibida de viajar tão cedo. Pelo menos até eu me esquecer desta história."
O pai de Monique, Ronaldo Cardoso Santos, prometeu muito carinho no retorno da filha. "Agora é abraçar, chorar e festejar. Tem um bolo e uma festa lá em casa esperando por elas."
Roupas doadas
Segundo o irmão de Monique, Ronaldo Correa, elas doaram as roupas que tinham levado para as vítimas. "Elas estão voltando sem bagagem. Só com a roupa do corpo, relógio e celular."

A irmã de Danielle disse que, apesar do susto, tinha certeza de que a irmã estava bem. "Em nenhum momento achei que ela fosse morrer. Fiquei apreensiva, mas tinha certeza de que ela ia voltar. É muito bom poder beijá-la e abraçá-la de novo", afirmou.
Brasileiras ajudaram feridos
De acordo com a família, Monique, que é fisioterapeuta, e Danielle, que é médica, chegaram a ajudar alguns feridos do acidente. “É um orgulho saber que elas foram úteis de alguma maneira. Que mesmo em um momento de dor, elas não pensaram somente nelas”, disse Ronaldo.
Monique e Danielle ficaram em um acampamento improvisado no Aeroporto de Katmandu antes de voltar para o Brasil nas próximas horas. Ainda no Nepal, elas contaram os momentos de terror que passaram com o terremoto que atingiu magnitude de 7.8.
“A gente não sabia o que estava acontecendo. Demoramos a perceber que era um terremoto. Não sabíamos que era um ataque aéreo. Os prédios caíam e a fumaça subia. Foi horrível”, contou Danielle.
Monique também demorou a perceber o que estava acontecendo. “No início, foi um leve tremor e eu pensei que era um trem. Depois, tudo começou a cair e a fumaça começou a subir. Nós corremos e a gente começou a correr. Pensamos que era um ataque aéreo. Até sabermos que era um terremoto demorou um pouco”.
Terremoto
O tremor que atingiu o país deixou mais de 5 mil mortos, segundo balanço das autoridades locais. O terremoto de 7,8 graus, o mais violento dos últimos 80 anos no país, provocou vários tremores secundários e diversos deslizamentos no monte Everest, onde 18 pessoas morreram no início da temporada de alpinismo.


A força do terremoto foi sentida também em Bangladesh, Índia, China, Paquistão e no Monte Everest. O tremor ocorreu às 3h11 (de Brasília), a 77 km ao noroeste de Katmandu e a 15 km de profundidade. Outras quatro réplicas menores atingiram o país logo após o terremoto mais potente.

Brasil passa por 'mais grave' retração em mais de 20 anos, diz FMI

Fundo projeta uma contração de 1% do PIB brasileiro em 2015.
Lava Jato e impacto da estiagem agravam crise na economia, conclui fundo.
O Brasil passa por sua mais grave retração econômica em mais de duas décadas, avaliou o Fundo Monetário Internacional (FMI) em seu último relatório sobre as economias da América do Norte e América Latina, divulgado nesta quarta-feira (29).
O órgão projeta uma contração de 1% do PIB brasileiro em 2015 e inflação de 7,8%.
"Os investimentos privados ainda são um importante catalizador, uma vez que problemas de competitividade de longa data estão sendo agravados pelo afrouxamento das relações comerciais e pelo aumento das incertezas, incluindo as perdas decorrentes das investigações de irregularidades na Petrobras e o impacto da estiagem na oferta de energia", disse o fundo no documento.
O FMI também destacou que a confiança do consumidor piorou drasticamente no país, em meio à alta da inflação, ao afrouxamento da oferta de crédito e a um enfraquecimento no mercado de trabalho.
Segundo o órgão, a ação das autoridades para uma política monetária mais severa ajuda a enfraquecer a demanda no curto prazo, "mas é extremamente necessária para conter o aumento da dívida pública e reconstruir a confiança na política macroeconômica".
No relatório, o órgão também destacou que o realinhamento de preços em andamento, incluindo a taxa de câmbio frente ao real, pode ajudar a melhorar as chances de investimentos ao longo do tempo.
América Latina
Em meados de abril, o órgão avaliou que parte considerável do resultado fraco da América Latina em 2015 é responsabilidade do Brasil. Se confirmada a previsão do FMI de "encolhimento" da economia brasileira, será o pior resultado desde a queda de 4,2% registrada em 1990.
Em janeiro, o fundo previa um crescimento de 0,3% em 2015. Enquanto a Europa se recupera da crise, a América Latina e o Caribe devem registrar, em 2015, o quinto ano seguido de desaceleração econômica, segundo o FMI. O Produto Interno Bruto (PIB) do bloco deve crescer só 0,9% neste ano – enquanto a economia mundial deve se expandir em 3,5%.

Entre os países emergentes, o desempenho da economia brasileira só será pior que o da Rússia, que deve ter uma retração de 3,8% de sua economia, enquanto a China deve crescer 6,8% e a Índia, 7,5%.

Operadoras de celular descumpriram parte de metas de qualidade da Anatel

Agência revelou avaliação após acompanhamento que durou 2 anos
Vivo foi única empresa a registrar alta nas queixas por qualidade do serviço.
Nenhuma das quatro grandes operadoras de telefonia celular do país cumpriu totalmente as metas de melhoria da qualidade de seus serviços estipuladas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em julho de 2012, após a disparada nas reclamações de clientes.

O resultado do acompanhamento, que durou dois anos e deve ser divulgado nesta quarta-feira (29) pela Anatel, foi obtido com exclusividade pelo. Por conta do descumprimento, Claro, Oi, Vivo e TIM serão alvo de um processo na agência e, ao final dele, podem ser multadas.
Em julho de 2012 a Anatel determinou a suspensão da venda de chips da Claro, Oi e TIM, nos estados em que cada uma delas era campeã de reclamações na época. A TIM recebeu a maior punição e, durante 11 dias, ficou proibida de fazer a adesão de novos clientes em 18 estados e no DF.
Já a Oi foi punida em cinco estados e, a Claro, em três. A Vivo não foi punida pela Anatel porque não registrou os piores índices em nenhum estado.
Além disso, na época a Anatel determinou que as quatro apresentassem planos de investimentos para a melhoria da qualidade de seus serviços de voz (chamadas telefônicas) e dados (internet móvel). E anunciou o acompanhamento trimestral de quatro indicadores para averiguar se a exigência estava sendo cumprida: taxa de sucesso dos clientes no acesso à rede voz e dados, além de taxa de queda de chamadas e das conexões de internet.
Resultado final
Durante dois anos, entre agosto de 2012 e julho de 2014, a agência apurou esses indicadores das quatro operadoras, fazendo uma média do resultado em cada um dos 26 estados e no Distrito Federal e, de maneira específica, em 81 cidades com mais de 300 mil habitantes.

Ao final de processo, em julho do ano passado, portanto, a Claro registrava o cumprimento em 93,1% das medições feitas. A TIM, em 86,1% delas. A Vivo registrou índice de 85,3% e, a Oi, de 78,1%.

Assim, nenhuma das operadoras cumpriu totalmente as metas determinadas pela Anatel, o que seria indicado pelo índice de 100%. Por conta do descumprimento é que elas estão sujeitas, agora, a multa.

Reclamações
O levantamento registra ainda que houve, no mesmo período de dois anos, queda de 9% nas reclamações gerais contra as operadoras que chegaram à Anatel. Já as queixas específicas sobre qualidade do serviço de voz e internet, foram 25% menores em julho de 2014, na comparação com agosto de 2012.

Segundo o levantamento, Vivo e TIM foram as únicas que registraram aumento no número de reclamações no período. No caso das gerais (que inclui problemas com faturas, por exemplo), ela foi de 1% para a TIM e de 30% para a Vivo.

Já as queixas por problema de qualidade do serviço subiram apenas para a Vivo: 26%. A TIM, maior alvo da suspensão de chips, mostrou queda de 41% nesse indicador. Apesar do aumento, a Vivo ainda é, entre as quatro maiores operadoras, aquela com menor número absoluto de reclamações.

Para a Claro, as queixas gerais caíram 21% e, aquelas somente sobre qualidade, 25%. Para a Oi, elas tiveram queda de 23% e 24%, respectivamente.

Outro lado
A Vivo informou que está analisando os dados enviados pela Anatel e que “implementou as ações apontadas no seu Plano de Melhorias ao longo dos anos de 2013 e 2014, o que garantiu que os resultados alcançados no primeiro trimestre de 2015 sejam melhores que o período apontado no relatório da Anatel.”

A Oi informou que vai analisar os números apurados pela agência e depois se pronunciará. A TIM disse que “foi notificada do cumprimento do plano de melhoria apresentado à Anatel, em julho de 2012” e que está “analisando os dados, mas considera que o percurso da empresa foi muito positivo.” A empresa informou ainda que seus investimentos no Brasil entre 2015 e 2017 vão superar os R$ 14 bilhões.

A Claro disse que está na fase de conclusão de avaliação dos resultados disponibilizados pela Anatel. "A operadora ressalta que todos os seus esforços, nos últimos dois anos, foram empenhados para cumprir as metas propostas pela Agência reguladora, obtendo os melhores índices entre as operadoras. De 2012 a 2014, foram investidos mais de R$ 6,3 bilhões em infraestrutura no país, a fim de proporcionar a melhor experiência em serviços de telecomunicações aos mais de 71 milhões de clientes da companhia", afirmou, em nota.

Municípios pequenos
Outro reflexo do acompanhamento é que a Anatel fixou prazo para que as operadoras façam investimento em municípios menores, onde foi registrado que pelo menos um dos quatro indicadores de qualidade era muito ruim.


Em 329 cidades nessa condição, em que há apenas uma operadora atuando, foi dado prazo de 6 meses para a melhoria do serviço. Em outras 247 com duas empresas oferecendo seus planos, o prazo é de 9 meses. No restante, onde há 3 ou mais operadoras, a agência deu 15 meses para que seja resolvido o problema.

Mais de 50% de domicílios brasileiros têm apenas TV de tubo, diz IBGE

Sem fabricantes, modelo estava em 34,5 milhões de casas em 2013.
Segundo dados da Pnad, 58% das casas possuíam só um televisor.
A única forma de ver TV para 54,5% dos domicílios com televisores no Brasil é por meio de um aparelho ultrapassado, que não é mais fabricado.
São 34,5 milhões de domicílios no Brasil apenas com TVs de tubo, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado está na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), referente a 2013, feita com o Ministério das Comunicações, e divulgada nesta quarta-feira (29).
TV de tubo não é mais fabricada
Os dados mostram que mais da metade do total das casas brasileiras era equipada com um aparelho abandonado pela indústria.
Segundo a Eletros (associação dos fabricantes de eletroeletrônicos) não há produção do modelo no Brasil. Os itens restantes são os dos estoques das lojas.
Em 2013, as fábricas montaram 1.051 aparelhos. No ano seguinte, foram só 152.
"Eu acho que ainda é um número bastante elevado de televisores de tubo, e ainda é um número que até então a gente não tinha”, afirmou Pedro Araújo, Gerente de Projetos do departamento de banda larga do Ministério das Comunicações. "A gente acha que, por conta do efeito da Copa do Mundo, as pessoas não compraram [TVs de tela fina] em 2013. Deixaram para 2014, esperando as promoções."
Uma TV
De acordo com a pesquisa, 63,3 milhões de domicílios no Brasil possuíam TVs em 2013, o que corresponde a 97,2% do total. 13,4 milhões de casas (21,2%) possuíam TVs de tubo e de tela fina e 15,4 milhões optavam apenas pela opção mais moderna.
O IBGE aponta que 58% das casas brasileiras têm só um televisor. A TV de tubo é a única opção em 25,9 milhões de casas. Os aparelhos de tela fina estão em 11,1 milhões de domicílios.
As TVs de tubo são maioria em todas as regiões. O que muda é a variação da vantagem de um lugar para outro: é maior no Nordeste (67,6%) e menor no Sudeste (46,7%).
De acordo com a pesquisa, considerando todas as tecnologias o Brasil possuía 103,3 milhões de televisores. São 63,7 milhões (61,4%) de TVs com tubo catódico.
De acordo com Jully Ponte, técnica de coordenação de rendimento do IBGE, o mapeamento é importante por dois motivos. “Primeiro que a TV de tubo é uma tecnologia que provavelmente tende a ser ultrapassada. É importante ver como está a evolução no sentido de ver que tipo de aparelho eles utilizaram”, explicou.
A outra razão, aponta, é a possibilidade de o Ministério das Comunicações analisar de que forma o desligamento do sinal analógico, em 2018, poderá impactar os brasileiros. A meta da pasta é levar o sinal para, no mínimo, 93% das residências que recebem programação de TV aberta com antenas analógicas.
"As televisões de tela fina, desde 2001, já comportam um conversor de sinal de TV digital dentro do aparelho. E as outras televisões, de tubo, não contam com isso, mas a pessoa pode ter o conversor em casa, adaptar e ter a transmissão digital de TV aberto", diz Ponte.
Sinal digital
O IBGE averiguou de que forma o sinal de TV chega às casas dos brasileiros. Das casas com TV no Brasil, 19,7 milhões (31,2% do total) usufruem do acesso ao sinal digital. “Não é muito pouco porque é muito pouco divulgado. A gente acredita que com as medidas de publicidade, propagandas específicas e voltada para a população que será atingida, a gente acredita que esse número aumenta bastante”, afirma Araújo, do Ministério das Comunicações.
“Objetivo [da pesquisa] foi no sentido de ampliar o leque de dados a disposição a respeito do tema. (…) Estamos em processo de transição do sinal analógico da TV aberta migrando para o sinal digital. Se entende em 2015 até o final de 2018 e, portanto, é muito importante que a gente consiga estimar o contingente de domicílios que está preparado para esta transmissão”, declara Araújo.
Segundo o IBGE, 28,5% das residências brasileiras não recebem sinal digital, por antena parabólica ou TV paga (cabo e satélite). As regiões Norte (34,3%) e Nordeste (30,5%) são as com índice maior.
Ainda segundo o IBGE, o Distrito Federal é o que tem a maior proporção de domicílios com televisão que tinha recepção de sinal digital de TV aberta, 49,3%, enquanto o Tocantins era o que tinha a menor proporção (11,8%).
A técnica Jully Ponte acrescentou que dos domicílios com televisão, 64,1% não tinham recepção de sinal digital de TV aberta, dos quais 28,5% não tinham outro tipo de recepção de sinal de TV.

Cansados de esperar por ajuda após terremoto, nepaleses fecham estradas


Grupo fez protestos na capital e em vilarejo de distrito mais afetado.
Tremor deixou mais de 5 mil mortos e 11 mil feridos.
Moradores de vilarejos no Nepal bloquearam nesta quarta-feira (29) caminhões carregados de suprimentos para as vítimas do terremoto, exigindo que o governo aumente a ajuda após o desastre da semana passada, que deixou mais de 5 mil mortos e dezenas de milhares desabrigados e com pouca comida e água.
Na capital, Katmandu, cerca de 200 pessoas protestaram em frente ao Parlamento, pedindo mais ônibus para levá-los a seus lares em partes remotas da nação do Himalaia, e para acelerar a distribuição da ajuda que chegou ao país, mas que está chegando muito lentamente aos necessitados.
No vilarejo de Sangachowk, em um dos distritos mais afetados pelo terremoto, a cerca de três horas da capital, moradores bloquearam a estrada com pneus.
Os moradores pararam dois caminhões que seguiam para a capital do distrito com arroz, macarrão e biscoitos. Depois bloquearam um comboio de três caminhões militares com suprimentos, criando um tenso impasse com soldados armados.
"Não recebemos comida do governo", disse Udhav Giri, de 34 anos. "Caminhões carregando arroz passam e não param. A sede do distrito está recebendo toda a comida", completou.
O governo está tendo dificuldades para avaliar plenamente a devastação provocada pelo terremoto de magnitude 7,8 no sábado. "Este é um desastre em uma escala sem. precedentes. Houve alguma debilidade na gestão da operação de socorro", disse o ministro da Comunicação do Nepal, Minendra Rijal, na noite de terça-feira.
Uma autoridade do Ministério do Interior do Nepal disse que o número confirmado de mortos subiu para 5.006. Quase 10 mil pessoas ficaram feridas no país, e mais de 80 morreram na Índia e Tibet.
No entanto, houve sinais nesta quarta-feira de que Katmandu estaria voltando lentamente ao normal. Algumas pessoas se prepararam para voltar para casa para dormir após passarem as últimas quatro noites a céu aberto por medo de que suas casas não aguentassem tremores secundários.



Rebeldes houthis matam civis durante avanço no Iêmen


Segundo moradores, pelo menos 12 civis morreram em Áden.
Militantes locais apoiados por ataques da aliança árabe lutam contra xiitas.
Tanques e atiradores de elite do movimento rebelde Houthi mataram pelo menos 12 civis durante a noite em Áden, no Iêmen, à medida que avançavam para o centro da cidade, disseram moradores, e uma aliança liderada pela Arábia Saudita lançou armas de uma aeronave para militantes anti-Houthi na cidade de Taiz. Um desses ataques destruiu um avião da companhia aérea doméstica Felix Airways.
Militantes locais, com ajuda de ataques aéreos da aliança árabe, estão lutando contra os xiitas houthis, aliados do Irã, há semanas, mas, nesta quarta-feira, os rebeldes tomaram mais ruas na cidade portuária.
O confronto ainda acontecia no início desta quarta-feira no distrito de Khor Maksar, em Áden, visto como a maior fortificação contra os houthis.
Moradores e autoridades municipais disseram que o grupo atacou prédios do governo e bairros residenciais controlados por seus oponentes armados, e dezenas de famílias fugiram.
"O mundo, a aliança e a ONU precisam intervir urgentemente para salvar nossa vizinhança, que virou uma verdadeira área de desastre após este ataque indiscriminado", disse o morador Ali Mohammed Yahya.
Diversos ataques aéreos árabes atingiram posições houthis nos arredores da cidade, de acordo com os moradores.
A cerca de 200 quilômetros ao norte, uma aeronave árabe lançou armas para milicianos tribais e islâmicos, que lutam contra os houthis na cidade de Taiz, onde há dias estão em conflito com o grupo, usando artilharia pesada nas ruas da cidade.

Apesar de semanas de bombardeios, os houthis mantiveram sua posição dominante nas frentes de batalha no Iêmen, que quase não mudaram, e nenhum progresso visível foi feito em relação a conversas de paz.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Beltrame anuncia ocupação de novos conjuntos de favelas no Rio


Chapadão e Pedreira, em Costa Barros, serão ocupados.
Mais de 1.200 policiais serão realocados em batalhões do estado.
O secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, anunciou no início da tarde desta terça-feira (28) que as próximas comunidades ocupadas pela Polícia Militar no Rio serão os conjuntos de favelas da Pedreira e do Chapadão, em Costa Barros, Subúrbio do Rio. Segundo o secretário, ainda não há cronograma sobre quando as ocupações ocorrerão.
Durante coletiva no Centro Integrado de Comando e Controle do Rio, o secretário lembrou que a próxima Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) que será inaugurada será a UPP Praia de Ramos/Roquete Pinto, no conjunto de favelas da Maré, em julho, mês em que está prevista a saída do Exército da região. Um contingente de 115 PMs já está no local.
"Vamos fazer a ocupação em quatro partes, o cronograma de obras de três postos avançados já está em andamento. Devem ser cinco bases nesta primeira UPP", afirmou o secretario.
Segundo ele, todas as UPPs da Maré devem estar prontas no primeiro trimestre de 2016.
Na sexta-feira (1º), quatro favelas da Maré -Parque União, Nova Holanda, Rubem Vaz e Parque Maré - começarão a substituir homens do Exército por policiais militares.
"O 22º Batalhão de Policia Militar será transferido e a área do antigo batalhão será transformada em uma base para as quatro UPPs da Maré", explicou Beltrame.

Reorganização de policiais
O secretário também destacou que 1.272 PMs serão realocados em 20 batalhões de todo o estado, principalmente na Baixada Fluminense, onde o policiamento será reforçado. O reforço também ocorrerá em 32 UPPs, que contarão com mais 400 policiais.

Ainda de acordo com Beltrame, 500 PMs que vieram para o Rio vão retornar para o interior, já que a experiência deles na capital não foi boa. De acordo com Beltrame, os policiais tabalhavam dois dias e ficavam uma semana em casa e o retorno deles para as cidades de origem também contribuirá para o reforço na segurança dessas regiões.

Casos de violência policial levantam perguntas preocupantes, diz Obama


Presidente americano comentou protestos e atos de vandalismo.
Cidade tem toque de recolher nesta quarta.
O presidente Barack Obama condenou nesta terça-feira (28) os atos de violência em Baltimore e afirmou que não há desculpas para eles, mas destacou estar convicto de que s Estados Unidos enfrentam uma crise latente em relação à polícia, especialmente em sua abordagem com os negros.
"Vemos muitos exemplos de interação entre a polícia e as pessoas, principalmente com os afro-americanos, geralmente pobres, que levantam perguntas preocupantes", afirmou o presidente em coletiva na Casa Branca.
Cerca de 200 pessoas foram presas após os protestos violentos que deixaram policiais feridos e causaram danos em comércios da cidade de Baltimore, nesta segunda-feira (27). Durante os incidentes, 144 veículos e 15 imóveis foram incendiados, segundo a "CNN".
Milhares de soldados da Guarda Nacional de Maryland estavam na cidade nesta terça, em resposta ao estado de emergência declarado pelo governador Larry Hogan. A polícia de patrulhava as ruas ainda cheias de destroços e fumaça e onde manifestantes demonstraram sua revolta durante a madrugada quando carros foram queimados e lojas saqueadas após a realização do enterro de um jovem negro morto por policiais.