Felipe, de
18 anos, passou no Instituto de Tecnologia de Massachusetts.
Jovem criou
um site para ajudar outros estudantes a aprender e concorrer.
Um jovem de
18 anos, morador de Erechim, na Região Norte do Rio Grande do Sul, pode ser
considerado um exemplo para estudantes de todo o Brasil. Ele foi aprovado não
só para uma das universidades mais concorridas do país, como também para uma
vaga no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos.
Agora, criou um site para auxiliar outras pessoas que desejam estudar e
conseguir uma vaga, como mostra a reportagem do Jornal do Almoço, da RBS
Felipe
Hofmann diz que o segredo das aprovações é determinação e foco. No Brasil, o
jovem passou no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), uma das seleções
mais difíceis do país.
"Foi só
estudar. Foi um ano inteiro que eu passei com dedicação exclusiva, focado em
tentar passar no ITA, para, no fim do ano, poder ver meu nome no listão. É
processo muito difícil, mas é possível", conta ele.
As vitórias
não são de hoje. Em 2012, Felipe foi campeão gaúcho das Olimpíadas Escolares de
Lingúsitica, Física, Robótica, Geografia e Matemática. E estava só no primeiro
ano do ensino médio. O estudo do conteúdo que faltava dos anos seguintes foi
tomado sozinho.
"Isso
faz com que você adiante o conteúdo escolar, se prepare muito mais para
vestibulares, chegando até a gabaritar provas de vestibulares normais",
avalia o estudante.
A meta de
Felipe sempre foi ser aprovado pelo ITA. Mas, no caminho, surgiu um outro
sonho, que inicialmente parecia distante. Com mais dedicação, ele conseguiu ser
aprovado para estudar em umas das universidades mais concorridas do mundo.
Ganhou um lugar na engenharia do MIT.
"São
vários fatores que eles consideram nos Estados Unidos, é diferente do Brasil.
Não é apenas o conteúdo que vai ser cobrado. Você tem que ter uma base escolar
forte. Eu fiz olimpíadas, fiz esportes, gostava de participar de vários
projetos, tirava notas boas no colégio", relembra.
"O que
a gente fez foi apoiar ele, apoiar no sentido de estimular que estava no
caminho certo. Dizendo que era por aí que teria sucesso. É isso que os pais têm
que fazer, respeitar o que os filhos querem", orgulha-se o pai, Ricardo
Hofmann.
Para
compartilhar conhecimento, Felipe agora é professor pela internet. Criou um
site para ajudar outros jovens a estudar para vestibulares concorridos e para
olimpíadas de conhecimento. O conteúdo é gratuito, pelo site chamado Virando
Olímpico
"Temos
um estereótipo de que os Estados Unidos são feitos para gênios. Que, se você
não é gênio, não vai passar. Eu tinha essa ideia, mas eu passei. Eu sou do
interior do estado, de uma cidade pequena e passei em uma dessas instituições.
Se você tem conhecimento agora dessas informações, tem muito mais chance do que
eu de ser aprovado", aponta ele.
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