Dilma
divulgou vídeos em rede social e defendeu limites à terceirização.
Cunha
defendeu projeto sobre FGTS e Renan criticou ajuste do governo.
Nas
celebrações do Dia do Trabalho, a presidente Dilma Rousseff e os presidentes do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
fizeram pronunciamentos nesta sexta-feira (1º) sobre direitos dos
trabalhadores. Dilma abriu mão de falar em cadeia nacional de rádio e TV, mas
divulgou três vídeos nas redes sociais.
Em uma das
mensagens em vídeo divulgadas pelo Palácio do Planalto no Facebook, a petista
voltou a falar sobre o projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que
regulamenta o trabalho terceirizado. Na rede social, ela defendeu a
regulamentação das atividades terceirizadas no Brasil, porém, ressalvou que, na
opinião dela, as mudanças nas regras de terceirização não podem ocorrer de
forma irrestrita, como foi aprovado pela Câmara dos Deputados
O projeto
avalizado pelos deputados prevê a terceirização de todas as atividades,
inclusive as chamadas “atividades-fim” das empresas. Atualmente, uma
universidade particular, por exemplo, pode contratar serviços terceirizados de
limpeza e segurança, mas não professores terceirizados.
Em outro
vídeo, a presidente defende a política do governo para a valorização do salário
mínimo. Segundo ela, em seu primeiro mandato, o mínimo cresceu 14,8% acima da
inflação. Dilma afirmou que essa política beneficia 45 milhões de trabalhadores
da ativa e aposentados.
No terceiro
vídeo divulgado na rede social, a presidente defendeu a legitimidade de
manifestações pelo país e afirmou que os protestos não podem ser enfrentados
com “violência”. Ela destacou que vivemos em uma democracia e, por isso, temos
de "nos acostumar" com as manifestações e as vozes das ruas.
Já Renan
Calheiros, que criticou Dilma nesta quinta (30) por ela ter optado por se
manifestar somente pelas redes sociais, fez um pronunciamento nesta sexta na TV
Senado para celebrar o Dia do Trabalho No comunicado, ele afirmou que o
Congresso Nacional não será um "mero espectador" do ajuste fiscal
proposto pelo governo federal.
Na fala, o
presidente do Senado voltou a dizer que as medidas provisórias encaminhadas
pelo Executivo federal ao Legislativo para tentar reequilibrar a economia são,
na verdade, um "desajuste".
"O
Congresso Nacional não será um mero espectador do ajuste fiscal. O Congresso é
o próprio fiscal do ajuste. Ajuste que penaliza o trabalhador é desajuste.
Proponho, em nome do Congresso Nacional, o pacto pela defesa do emprego",
declarou.
Em um evento
promovido pela Força Sindical em São Paulo, o presidente da Câmara anunciou
nesta sexta que apresentará, na próxima semana, um projeto de lei para
reajustar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) a partir do índice da
caderneta de poupança.
No ato que
celebrou o Dia do Trabalho, Cunha destacou que sua proposta, caso aprovada,
valerá a partir de janeiro de 2016. Segundo ele, o texto não prejudicará as
operações atuais.
"Somente
os novos depósitos sofrerão reajuste. É um projeto que vamos tramitar e votar
em regime de urgência. Será apresentado na semana que vem, quando terá o
trancamento da pauta devido à votação do ajuste fiscal. Vamos ver ainda a data
em que ele será votado", ressaltou o peemedebista.
Lula
O
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (1º), durante
ato da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo pelo Dia do Trabalho,
que não é candidato a nada, mas vai percorrer o país para garantir a manutenção
do governo Dilma Rousseff.
Lula reagiu
ao que chamou de insinuações sobre o seu suposto envolvimento no esquema de
corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato e disse que parte da
elite tem medo de que ele volte a ser candidato.
"Eu 'tô
notando, todo santo dia, insinuações. Ah, lá na Operação Lava Jato estão
esperando que alguém cite o nome do Lula. Ah, estão tentando fazer com que os
empresários citem o nome de Lula. Eu estou quietinho no meu lugar. Não me chame
para a briga. Eu não tenho intenção de ser candidato a nada. 'Tá aceita a
convocação. Eu agora vou começar a andar o país outra vez", afirmou o petista.
Lula deixou
claro ainda que vai se mobilizar para defender o governo da presidente Dilma.
Aécio Neves
O presidente
do PSDB, senador Aécio Neves (MG), disse nesta sexta-feira, em ato do Dia do
Trabalho em São Paulo, que o Senado vai "aprimorar" o projeto da
terceirização aprovado na Câmara. O tucano afirmou ainda que vai propor um
limite para terceirização das atividades, proposta que já foi defendida por
Renan Calheiros.
"Nós
vamos no Senado discutir a terceirização com enorme responsabilidade. De um
lado vamos garantir a regulamentação para aqueles que são terceirizados. Nos
vamos tb propor um limite para que as empresas possam terceirize algumas de
suas atividades. Portanto o senado federal vai aprimorar o projeto votado na
Câmara", disse o senador no evento promovido pela Força Sindical.
Ao público
presente, Aécio criticou o fato de a presidente Dilma Rousseff não ter feito
pronunciamento do Dia do Trabalho em cadeia nacional de rádio e TV.
O tucano
também lamentou o confronto entre policiais militares e professores ocorrido
nesta semana no Paraná, estado governado por seu colega de partido Beto Richa.
Aécio, no entanto, disse que o tema não deve ser alvo de "ironia" por
parte de ninguém.
"Lamento
profundamente pelo que aconteceu [...] Nada que ocorreu deve ser objeto de
ironia, de quem quer que seja", ressaltou o senador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário