RESUMÃO
O JOGO
O MARACA É
CRUZ-MALTINO
Daqui a
alguns anos, poderemos lembrar desse título do Vasco como sendo aquele da
“volta do respeito”. Pode ser o da “quebra do jejum”. Poderemos classificar
como a conquista que “encerrou a escrita de jamais ter vencido o Botafogo em
decisões”. Ou, ainda, “aquela final do Rafael Silva”. O torcedor fique à
vontade para escolher. O que importa é que o Vasco deste domingo provou que sua
grandeza não tem fim. Existem pequenos intervalos, como os 12 anos sem
conquistar o Campeonato Carioca. Há, na verdade, sempre uma nova maneira de
contar por que o clube é o que é. Pode ser, por exemplo, um mosaico escrito que
o Maracanã é seu desde 1950. Pior para o Botafogo, que lutou muito, mas não
teve forças para evitar nova derrota e ficou com o vice após o 2 a 1 desta
tarde. Pela 23ª vez, o Rio de Janeiro, o Maracanã e a alegria são
cruz-maltinos.
PÚBLICO E
RENDA
A decisão
foi assistida por 58.446 torcedores. Foram 66.156 presentes. A renda foi de R$
3.286.580,00.
PRIMEIRO
TEMPO
A tensão por
se tratar de uma decisão contribuiu para o baixo nível técnico do primeiro
tempo. Nervosos, os times fizeram faltas duras. Foram sete amarelos
distribuídos, quatro para o Botafogo e três para o Vasco. Precisando vencer
para ao menos forçar a decisão por pênaltis, o Alvinegro deu a falsa impressão
de que pressionaria, quando Bill, aos 4, perdeu na cara de Martín Silva. Foi
só. O time, que perdeu Willian Arão machucado aos 27, abusou dos chutões para
frente. Quando quis sair tocando, o Vasco, que só ameaçou na bola parada e
pouco se expôs, agradeceu. Aos 44, Guiñazu pressionou e roubou a bola de
Marcelo Mattos perto da área. O argentino tocou para Rafael Silva, que, com a
bola quicando, bateu cruzado, de esquerda, e abriu o marcador.
SEGUNDO TEMPO
O Botafogo
voltou para a segunda etapa com Diego Jardel na vaga de Tomas. Foi o meia quem
empatou aos 29, depois de o Alvinegro passar boa parte do tempo rondando, sem
perigo, a área cruz-maltina. O Vasco, que antes tinha visto Gilberto dar dois
chutes perigosos, recuou. Mas se postou bem na defesa. Segura, sua zaga cortou
a maioria dos cruzamentos. Martín Silva teve pouco trabalho. Fernandes,
expulso, deixou o Botafogo com 10 aos 39. Com espaço, Marcinho e Bernardo,
ambos que entraram na segunda etapa, seguraram a bola na frente nos minutos
finais. Gilberto, em belo chute cruzado dentro da área, deu o triunfo aos 46.
O CARRASCO
Rafael Silva
saiu do banco para decidir o primeiro jogo. Neste domingo, foi titular e
correspondeu, se tornando o mais novo carrasco alvinegro. Deu apenas um chute a
gol, certeiro, desafogando a torcida cruz-maltina no Maracanã. Estrela e
oportunismo do atacante, que chegou sem badalação no começo do ano a São
Januário e escreveu seu nome na rica história vascaína.
PANORAMA
Os times
agora voltam suas atenções para as disputas nacionais. O Vasco estreia na Série
A no próximo domingo, às 18h30, em São Januário, contra o Goiás. O Botafogo faz
sua primeira partida pela Série B no sábado, às 21h, no Mangueirão, em
Belém-PA, contra o Paysandu. Antes disso, na quarta-feira, às 22h, no Engenhão,
o Alvinegro faz o duelo de volta da segunda fase da Copa do Brasil diante do
Capivariano-SP, após vencer na ida por 2 a 1.
GILBERTO
Se Rafael
Silva deu apenas um chute e marcou, Gilberto precisou de oito finalizações na
partida para balançar a rede, nos acréscimos, fazendo a torcida explodir no
grito de campeão. O atacante recebeu poucas bolas, mas lutou muito, se virou
diante dos zagueiros e foi um perigo constante. Terminou o Carioca como
artilheiro do Vasco, com nove gols.
BILL
Se os dois
atacantes do Vasco foram bem, o alvinegro Bill foi mal. Passou em branco nas
duas partidas. Neste domingo, perdeu boa chance logo aos 4 minutos, quando saiu
na cara de Martín Silva e teve o ângulo fechado pelo goleiro. Foi só. Deu
apenas esse chute em todo o jogo e decepcionou a torcida do Botafogo.
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