Grupo
manifestava contra projeto que muda modelo de exploração do pré-sal.
Renan
Calheiros ordenou suspensão da sessão e esvaziamento das galerias.
O presidente
do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), interrompeu nesta terça-feira (16), por
cerca de dez minutos, a sessão de votações depois que oito sindicalistas da
indústria petrolífera fizeram uma manifestação nas galerias do plenário
principal da Casa. O tumulto terminou com a prisão de três manifestantes. Eles
foram liberados depois de prestarem esclarecimentos à Política do Senado.
O grupo que
se envolvou na confusão, ligado ao Sindicato Unificado dos Petroleiros de São
Paulo, protestava contra um projeto que desobriga a Petrobras de atuar como
operadora única do pré-sal com participação de pelo menos 30%.
Em meio à
sessão, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra a proposta, de
autoria do senador José Serra (PSDB-SP). Diante do princípio de confusão, Renan
suspendeu a sessão por alguns minutos. No momento em que autorizou a retomada
dos trabalhos, o peemedebista alertou que os manifestantes eram bem recebidos,
desde que se mantivessem em silêncio.
"Queria,
em primeiro lugar, dizer que, regimentalmente, os senhores são muito bem
recebidos, mas, se se mantiverem em silêncio. Se não se mantiverem em silêncio,
se continuarem a fazer o que já fizeram, vamos pedir para evacuar as
galerias", ressaltou Renan.
Após o
presidente do Senado concluir sua advertência, um dos manifestantes gritou que
não iria ver o patrimônio do país ser entregue calado. Renan, então, determinou
que a galeria do plenário fosse evacuada.
“Peço, por
favor, à Polícia do Senado Federal que evacue as galerias”, ordenou o senador do
PMDB.
Parte do
grupo deixou o recinto voluntariamente, porém, três sindicalistas se recusaram
a sair. A resistência dos manifestantes motivou o uso da força pelos policiais
legislativos. Após o incidente, o chefe da Polícia do Senado, Pedro Araújo,
negou que tenha ocorrido truculência por dos policiais na ação policial. De
acordo com Araújo, o procedimento adotado pela Polícia Legislativa é
"normal".
“Quando o
presidente manda evacuar, nós temos que evacuar”, justificou.
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