Com 2
Oscars, ela fez de heroínas de filmes de ação a histórias sensíveis.
Ela é
conhecida por seu apoio às causas humanitárias e doações a ONGs.
Ela tem dois
prêmios Oscar, uma carreira invejável, uma numerosa família ao lado de um dos
homens mais desejados do mundo e exala o glamour das grandes divas de
Hollywood, mas Angelina Jolie, que completa 40 anos nesta quinta-feira (4),
sabe que seu poder na indústria está dando apenas os seus primeiros passos.
"Ela possui
uma incrível combinação de beleza, inteligência e talento, um triplo triunfo
que a transforma em membro de um clube muito exclusivo. Ela tem a rara
habilidade de transitar, aparentemente sem esforço, entre os papéis de mãe,
esposa, ativista, atriz, diretora, roteirista, produtora, filantropa e
demonstra grande paixão em tudo o que faz", disse à Agência Efe Paul
Dergarabedian, analista de mídia da Rentrak, empresa especializada em medição
de audiências digitais.
Sua primeira
estatueta dourada foi com "Garota, Interrompida" (1999) e, desde
então, não parou de crescer na telona, seja com heroínas de filmes de ação (de
"Lara Croft: Tomb Raider" a "60 Segundos", "Sr. &
Sra. Smith" e "O Procurado") ou alinhavando histórias mais
próximas a sua sensibilidade humanitária ("Amor Sem Fronteiras" e
"O Preço da Coragem").
No entanto,
seus maiores sucessos de bilheteria chegaram graças aos filmes de fantasia (fez
parte da saga "Kung Fu Panda"), sobretudo, com "Malévola",
o retorno da Disney ao universo de "A Bela Adormecida" com uma versão
narrada do ponto de vista da vilã. O filme arrecadou mais de US$ 750 milhões.
Um dos
grandes acertos de Angelina foi se cercar de autores de prestígio em projetos
como "Alexandre" (Oliver Stone), "O Bom Pastor" (Robert De
Niro) e "A Troca" (Clint Eastwood, que rendeu sua segunda candidatura
ao Oscar), quando decidiu mergulhar na direção com "Na Terra de Amor e
Ódio" (2011).
Os
resultados finalmente vieram com "Invencível" (2014), seu segundo
filme como diretora, indicado a três prêmios da Academia de Hollywood e,
principalmente, um enorme sucesso de público no mundo todo com mais de US$ 160
milhões de arrecadação.
"Angelina
soube expandir sabiamente seus horizontes para além da interpretação. O sucesso
de 'Invencível' a coloca em um nível completamente diferente. Agora é vista
como alguém que pode atrair os espectadores de qualquer um dos lados da
câmera", disse à Agência Efe Phil Contrino, analista do portal
"BoxOffice.com".
Os louros
desse filme colocam Angelia perante uma infinidade de oportunidades e, de fato,
a imprensa especializada garante que o estúdio Marvel tem interesse em oferecer
a ela um de seus novos projetos de super-heróis, mais precisamente, o de
"Capitã Marvel".
Além disso,
em novembro será lançado seu terceiro projeto por trás das câmaras, "By
the Sea", onde divide cenas com o marido, Brad Pitt, o segundo filme em
comum depois de "Sr. & Sra. Smith", filmagem na qual conheceram.
Mas Angelina Jolie é muito mais do que cinema e negócios.
A artista,
conhecida por seu interesse e apoio às causas humanitárias e doações a ONGs,
adotou três de seus seis filhos com Brad (Maddox, Zahara e Pax) no Camboja,
Etiópia e Vietnã.
Como enviada
especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur),
viajou por todo o mundo para promover organizações e atividades pra conseguir a
justiça social. Também se envolveu em grandes crises humanitárias e
deslocamentos em massa de civis com a intenção de chamar a atenção da opinião
pública.
Essas
atividades lhe levaram a ganhar o prêmio humanitário Jean Hersholt - um Oscar
honorário - em 2013 e que fosse especulada uma possível fase política, algo
para o que ela afirma estar "aberta".
Angelina
colecionou manchetes quando anunciou, em maio de 2013, que tinha se submetido a
uma mastectomia preventiva de câncer de mama, e em março deste ano, ao explicar
que retirou os ovários e as trompas para evitar a doença que causou a morte de
sua mãe, sua avó e sua tia.
Nas duas
ocasiões, quis falar de sua situação para que "outras mulheres em
risco" tomassem conhecimento das opções existentes.
É a evolução
de quem foi a "menina má" de Hollywood no final dos anos 90. Para
trás ficam seus flertes com as drogas, os escândalos sexuais e seus divórcios
de Jonny Lee Miller e Billy Bob Thornton. O futuro será o que ela quiser que
seja.
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