Fiat e GM
resolveram paralisar a produção para baixar os estoques.
Fábrica de
caminhões da Volvo encerrou turno e tem excedente de 600.
Mais de 35
mil trabalhadores da indústria automobilística estão afastados de suas funções
em sete montadoras de automóveis, caminhões e ônibus. Com a produção sofrendo
queda de 25,3% e atingindo o mesmo patamar de 2005, segundo a Anfavea, o jeito
que as fabricantes encontraram para diminuir o impacto da crise foi colocar
trabalhadores em férias coletivas ou suspender os contratos de maneira
temporária, o chamado layoff.
Fiat
A maior
fabricante de veículos do país também é a que possui mais funcionários ociosos.
Segundo a marca, a produção ficará interrompida desde a última segunda-feira
(8) até sexta-feira (12).
Com isso, a
maior parte dos 19 mil funcionários da planta de Betim (MG) ficará ociosa. A
marca já havia tomado decisão semelhante em abril. Da planta, saem 15 modelos,
em mais de 70 versões.
Mercedes-Benz
Além de
demitir 500 trabalhadores, a Mercedes-Benz tem 7.250 funcionários parados na
fábrica de caminhões e ônibus, em São Bernardo do Campo. Destes, 7 mil estão em
férias coletivas até 15 de junho e outros 250 em regime de layoff.
A crise,
entretanto, não atrapalha os planos da marca de retomar a produção de
automóveis no país. A empresa alemã ergue na cidade de Iracemápolis, no
interior de São Paulo, uma planta para produção dos modelos Classe C e GLA. Ela
fica pronta no início de 2016.
General
Motors
A produção
na fábrica de São Caetano do Sul está parada até 28 de junho, de acordo com o
Sindicato dos Metalúrgicos da cidade. Segundo a entidade, 5,5 mil dos 10,5 mil
funcionários da planta estão sem trabalhar.
Além disso,
outros 798 trabalhadores da fábrica de São José dos Campos (SP) estão com os
contratos suspensos, segundo o sindicato dos metalúrgicos da região. No próximo
dia 15, outros 1,7 mil entram em férias coletivas na unidade. (anteriormente a
reportagem informava que 1,7 mil funcionários estavam afastados na GM de São
José dos Campos, a informação foi corrigida às 10h21).
Hyundai CAOA
A montadora
produz na cidade de Anápolis (GO) os modelos Tucson, ix35, HR e HD78. Por
motivos de readequação de estoques, a marca resolveu paralisar a produção por
duas semanas, entre os dias 8 e 22 de junho. Com isso, 1.650 trabalhadores
estão parados.
Volkswagen
A marca
afirma que tem tomado medidas para adequar o volume de produção à demanda do
mercado, porém, não diz quantos trabalhadores estão parados, ou se estão de
férias coletivas ou com os contratos suspensos.
O Sindicato
dos Metalúrgicos do ABC, entretanto, afirma que 220 funcionários da fábrica de
São Bernardo estão em layoff desde o dia 1º de junho, com duração de 5 meses.
Além disso, outros 800 aderiram ao Plano de Demissões Voluntárias, o PDV, até
abril.
Em São José
dos Pinhais (PR), são 570 funcionários com contratos suspensos desde abril, de
acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba. o Sindicato dos
Metalúrgicos de Taubaté, cidade onde a Volkswagen possui fábrica, porém, não
obteve retorno.
Volvo
Após greve
de três semanas, a Volvo decidiu encerrar um dos dois turnos de produção na
fábrica de caminhões em Curitiba, criando um excedente de 600 funcionários. Com
isso, a Volvo resolveu suspender os contratos destes trabalhadores, garantindo
salários e benefícios até dezembro.
Paralelamente,
abriu um Plano de Demissões Voluntárias (PDV) com expectativa de adesão destes
600 funcionários.
Ford
São 234
trabalhadores da planta de São Bernardo com os contratos suspensos desde 11 de
maio. A montadora afirma que não há um prazo para o término do programa. Na
fábrica, é produzido o New Fiesta, além da linha de caminhões.
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