sábado, 6 de junho de 2015

Jovem tem morte cerebral após ser baleado na porta de casa no Rio


Ronald R. Teixeira levou dois tiros numa tentativa de assalto em Realengo.
Família informou que deseja doar os órgãos do rapaz: 'forma de amenizar dor'.
Um jovem baleado na boca e no braço, durante uma tentativa de assalto na porta de casa em Realengo, Zona Oeste do Rio, teve morte cerebral decretada pelos médicos, deste sábado (6). A família quer doar os órgãos do rapaz.
"Isso [a doação] foi uma forma bem legal da gente amenizar um pouco a dor. Forma do Ronald continuar aí. Ele merece", declarou emocionado Robson Dias de Silva, o pai do jovem.
Ronald Rabelo Teixeira, de 22 anos, foi alvo de tiros às 18h de quinta-feira (4), quando chegava de moto em casa. Segundo o tio, ele parou o veículo para abrir o portão da garagem, quando dois criminosos pararam um carro. Assustado, o jovem correu. A família contou que ele havia saído de casa pagar pagar um conta no banco.
“Ele correu e atiraram nele. Logo atrás de um carro que estava bem na porta de casa. Conforme renderam ele, aí atiraram nele. Ele estava de capacete, mas aí o tiro atravessou o capacete e a bala alojou na cabeça. Rapaz amigo de todo mundo. Muito educado. Não tinha briga com ninguém. Não levaram [a moto do jovem]. Conforme ele caiu, o segredo ficou com ele. A moto ficou lá mesmo”, contou o tio.
O rapaz foi socorrido pelos vizinhos e levado para o Hospital Albert Schweitzer, em Realengo. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o quadro clínico dele foi estabilizado e ele foi transferido para o Hospital Alberto Torres, em São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio - cerca de 56 km de distância.
A família reclama que Ronald não recebeu o atendimento necessário no Hospital Albert Schweitzer.
"Meu filho perdeu muito sangue aqui, perdeu sangue no caminho e não repuseram o sangue e ainda me deram cargo ainda que eu teria que fazer a transferência do meu filho. Quer dizer, você precisa de um pronto-atendimento, precisa de um neuro, o hospital tem que ter um neuro, e você fica impotente diante de uma situação dessa", desabafou o pai do jovem.

A secretaria informou ainda que o Hospital Albert Schweitzer não faz atendimento de neurocirurgia e, por isso, foi feita a transferência do paciente. E que o Alberto Torres é referência na rede estadual para casos de trauma de alta complexidade.

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