Ronald R.
Teixeira levou dois tiros numa tentativa de assalto em Realengo.
Família
informou que deseja doar os órgãos do rapaz: 'forma de amenizar dor'.
Um jovem
baleado na boca e no braço, durante uma tentativa de assalto na porta de casa
em Realengo, Zona Oeste do Rio, teve morte cerebral decretada pelos médicos,
deste sábado (6). A família quer doar os órgãos do rapaz.
"Isso
[a doação] foi uma forma bem legal da gente amenizar um pouco a dor. Forma do
Ronald continuar aí. Ele merece", declarou emocionado Robson Dias de
Silva, o pai do jovem.
Ronald
Rabelo Teixeira, de 22 anos, foi alvo de tiros às 18h de quinta-feira (4),
quando chegava de moto em casa. Segundo o tio, ele parou o veículo para abrir o
portão da garagem, quando dois criminosos pararam um carro. Assustado, o jovem
correu. A família contou que ele havia saído de casa pagar pagar um conta no
banco.
“Ele correu
e atiraram nele. Logo atrás de um carro que estava bem na porta de casa.
Conforme renderam ele, aí atiraram nele. Ele estava de capacete, mas aí o tiro
atravessou o capacete e a bala alojou na cabeça. Rapaz amigo de todo mundo.
Muito educado. Não tinha briga com ninguém. Não levaram [a moto do jovem]. Conforme
ele caiu, o segredo ficou com ele. A moto ficou lá mesmo”, contou o tio.
O rapaz foi
socorrido pelos vizinhos e levado para o Hospital Albert Schweitzer, em
Realengo. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o quadro clínico dele foi
estabilizado e ele foi transferido para o Hospital Alberto Torres, em São
Gonçalo, Região Metropolitana do Rio - cerca de 56 km de distância.
A família
reclama que Ronald não recebeu o atendimento necessário no Hospital Albert
Schweitzer.
"Meu
filho perdeu muito sangue aqui, perdeu sangue no caminho e não repuseram o
sangue e ainda me deram cargo ainda que eu teria que fazer a transferência do
meu filho. Quer dizer, você precisa de um pronto-atendimento, precisa de um
neuro, o hospital tem que ter um neuro, e você fica impotente diante de uma
situação dessa", desabafou o pai do jovem.
A secretaria
informou ainda que o Hospital Albert Schweitzer não faz atendimento de
neurocirurgia e, por isso, foi feita a transferência do paciente. E que o
Alberto Torres é referência na rede estadual para casos de trauma de alta
complexidade.
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