Dois
operários morreram eletrocutados no canteiro de obras de usina Jirau.
Material de
aço encostou em fios desencapados, diz Ministério do Trabalho.
A
superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou, nesta
quinta-feira (4), que a falta de condições adequadas de segurança pode ter sido
a causa das mortes dos dois operários no canteiro de obras da Usina
Hidrelétrica Jirau, instalada no Rio Madeira, em Rondônia. Os trabalhadores
morreram eletrocutados na última quarta-feira (3), enquanto realizavam serviços
na construção, que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do
governo federal.
Segundo o
chefe do Núcleo de Segurança e Saúde do MTE, Jucelino Durgo, no momento do
acidente, os operários estavam carregando um equipamento de aço que entrou em
contato com fios desencapados, provocando a descarga elétrica que matou os dois
trabalhadores. "A empresa foi minimamente não diligente para que esse
acidente ocorresse", destacou Jucelino, informando que um laudo com o
resultado final da perícia técnica ainda vai apontar as causas definitivas do
acidente.
Os operários
eram funcionários da Enesa Engenharia, uma das empresas contratadas para atuar
no canteiro de obras de Jirau. De acordo com o Ministério do Trabalho, no ano
passado, outro trabalhador da mesma construtora também morreu eletrocutado no
canteiro de obras de Jirau. A Enesa chegou a ser embargada e, em abril deste
ano, uma fiscalização nacional aplicou 19 autos de infração contra a empresa
por falta de condições de segurança em locais de atuação da construtora.
O gerente
geral da Enesa em Rondônia, Valmir Vieira, disse que a empresa vai aguardar o
fim das investigações sobre as mortes em Jirau para se pronunciar sobre o caso.
Já a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária responsável pela
usina, informou que Jirau exige o cumprimento de todas as normas e da
legislação de segurança do trabalho em todos os seus contratos, bem como
realiza fiscalização permanente no canteiro de obras.
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