quinta-feira, 4 de junho de 2015

Falta de segurança pode ter causado mortes em usina de RO, diz Ministério


Dois operários morreram eletrocutados no canteiro de obras de usina Jirau.
Material de aço encostou em fios desencapados, diz Ministério do Trabalho.
A superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou, nesta quinta-feira (4), que a falta de condições adequadas de segurança pode ter sido a causa das mortes dos dois operários no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Jirau, instalada no Rio Madeira, em Rondônia. Os trabalhadores morreram eletrocutados na última quarta-feira (3), enquanto realizavam serviços na construção, que integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
Segundo o chefe do Núcleo de Segurança e Saúde do MTE, Jucelino Durgo, no momento do acidente, os operários estavam carregando um equipamento de aço que entrou em contato com fios desencapados, provocando a descarga elétrica que matou os dois trabalhadores. "A empresa foi minimamente não diligente para que esse acidente ocorresse", destacou Jucelino, informando que um laudo com o resultado final da perícia técnica ainda vai apontar as causas definitivas do acidente.
Os operários eram funcionários da Enesa Engenharia, uma das empresas contratadas para atuar no canteiro de obras de Jirau. De acordo com o Ministério do Trabalho, no ano passado, outro trabalhador da mesma construtora também morreu eletrocutado no canteiro de obras de Jirau. A Enesa chegou a ser embargada e, em abril deste ano, uma fiscalização nacional aplicou 19 autos de infração contra a empresa por falta de condições de segurança em locais de atuação da construtora.

O gerente geral da Enesa em Rondônia, Valmir Vieira, disse que a empresa vai aguardar o fim das investigações sobre as mortes em Jirau para se pronunciar sobre o caso. Já a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), concessionária responsável pela usina, informou que Jirau exige o cumprimento de todas as normas e da legislação de segurança do trabalho em todos os seus contratos, bem como realiza fiscalização permanente no canteiro de obras.

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