sexta-feira, 12 de junho de 2015

Confronto na Zona Oeste assusta moradores e interrompe aulas e BRT


Troca de tiros aconteceu em operação nas favelas do Rola e de Antares.
Ônibus chegou a ser incendiado durante o confronto na Zona Oeste.
Uma troca de tiros entre policiais e traficantes durante operação nas favelas de Antares e do Rola, em Santa Cruz, Zona Oeste do Rio, deixou mais de 11 mil alunos sem aulas na rede pública. O confronto também assustou moradores e interrompeu a circulação do sistema BRT Transoeste. Por volta das 11h, após cerca de uma hora de interrupção, o sistema voltou a funcionar.
O fechamento aconteceu entre os trechos de Santa Cruz e Campo Grande, e de Paciência a Salvador Allende. O consórcio informou que tomou a medida por cautela por conta do confronto. Um dos ônibus, inclusive, teria sido incendiado, segundo o consórcio BRT Rio.
Por conta dos tiros, o Ciep João Vitta interrompeu atividades. Cerca de 600 estudantes perderam as aulas nos turnos da manhã e da tarde. No Ciep 392 - Mário de Andrade, as aulas também precisaram ser suspensas no turno da tarde e  mais 620 estudantes ficaram sem aulas. Pela manhã, a unidade funcionou normalmente.
Na rede municipal, a informação inicial era de que 8 mil estavam sem aula, mas no fim da tarde o número subiu para 10.037 crianças sem aula, entre 13 escolas e seis creches paralisadas.
Segundo a Polícia Militar, a operação na Favela do Rola deteve um homem com uma pistola. A ocorrência foi encaminhada para a 36ª DP.
Segundo o RJTV, uma Clínica da Família também teria sido fechada, assim como algumas lojas da comunidade. Em um vídeo exibido pelo telejornal, bandidos colocam fogo em um ônibus na Avenida Antares, um dos acessos à comunidade. Na Rua Doutor Continentino, os traficantes colocaram fogo em pneus.
Nota de repúdio

A Rio Ônibus se pronunciou sobre o incêndio e manifestou seu "repúdio à ação criminosa que pôs a segurança de passageiros e rodoviários da linha 858A (São Fernando-Paciência) em risco". O sindicato afirma que 9 veículos foram queimados e destruídos no ano, com um custo de R$ 3,4 milhões às empresas.

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