Segundo
'Telegraph', ele morreu no domingo (7).
Famoso por
Drácula, ele também viveu Saruman em 'O senhor dos anéis'.
O lendário
ator britânico Christopher Lee, famoso por interpretar Drácula e o maligno
Saruman em "O senhor dos anéis" e em "O Hobbit", morreu no
domingo (7), aos 93 anos, informa nesta
quinta-feira (11) o jornal "The Telegraph".
De acordo
com a publicação, ele estava internado havia três semanas em um hospital de
Londres, na Inglaterra, para se tratar de insuficiência cardíaca e
respiratória. O "Telegraph" diz ainda que a esposa de Lee optou por
adiar o anúncio da morte porque queria, antes, avisar os familiares.
O agente de
Lee disse, em comunicado, que a família "não deseja fazer
comentários".
Christopher
Lee nasceu em Londres em 27 de maio de 1922. Seus primeiros trabalhos como ator
são dos anos 1940, mas foi na década seguinte que ele se tornou uma estrela.
Do período,
destacam-se "A maldição de Frankenstein" (1957), o seu Drácula em
"O vampiro da noite" (1958) e "A múmia" (1959). Com a
popular produtora britânica Hammer Film Productions, especializada em longas de
terror, repetiu o papel de Drácula em filmes lançados nos anos 1960 e 1970.
'Sou mais
que um vilão'
A imagem de
vilão, contudo, parecia incomodá-lo. "Por favor, não me descrevam como uma
'lenda do horror'. Eu deixei isso para trás", afirmou em entrevista ao
"Telegraph".
Outro papel
marcante foi o do vilão Scaramanga em "007 contra o homem com a pistola de
ouro" (1974). Curiosamente, Lee era primo de Ian Fleming, escritor que
criou James Bond.
Nos últimos
15 anos, Christopher Lee foi apresentado a uma nova geração de fãs. Além de
trabalhar em "O senhor dos anéis", apareceu em outra franquia que
está entre as mais populares da história do cinema: "Guerra nas
estrelas" ("Star wars", no original), como Conde Dookan.
Trabalhou
ainda em filmes do cultuado cineasta americano Tim Burton, como "A lenda
do cavaleiro sem cabeça" (1999), o remake de "A fantástica fábrica de
chocolate" (2005), na pele do pai de Johnny Depp, e "Sombras da
noite" (2012).
Conhecido
por sua voz muito marcante, Lee também dublou inúmeros filmes, inclusive de
Tiim Burton. Deu voz a personagens de "A noiva cadáver" (2005) e
"Alice no país das maravilhas" (2010), entre outros.
Atuou na 2ª
Guerra
Em 2001,
Christopher Lee foi nomeado Comandante da Ordem do Império Britânico por seus
serviços como ator. Em 2009, foi nomeado Cavaleiro por seus serviços como ator
e filantropo.
Em 2011, ao
receber um prêmio pelo conjunto da obra no Bafta, considerado o Oscar
britânico, declarou que jamais se aposentaria.
"Eu
odeio ser um ídolo. Como dizia o querido [ator] Boris [Karloff], não vou
pendurar as chuteiras até morrer", declarou na ocasião.
Christopher
Lee também atuou da divisão de operações especiais da Grã-Bretanha na 2ª Guerra
Mundial.
"Eu fiz
parte do Serviço Aéreo Especial [SAS, na sigla original], mas nós somos
proibidos – seja no passado, no presente ou no futuro – de falar sobre
quaisquer operações específicas. Vamos dizer apenas que eu estava nas Forças
Especiais e deixar por isso mesmo", lembrou certa vez.
Christopher
Lee deixa a esposa, Birgit, conhecida como Gitte, com quem era casado desde
1961, e uma filha, Christina.
Fã de heavy
metal
Ao longo da
carreira, Christopher Lee explorou seu lado cantor e lançou discos, EPs e
singles. Gostava muito de heavy metal.
O mais
recente trabalho foi o EP "Metal knight", lançado em 2014.
"Associo o heavy metal à fantasia pelo tremendo poder que transmite",
explicou em um comunicado na época do lançamento.
"Metal
knight" tinha quatro canções e três versões alternativas das mesmas. Duas
delas eram originais do musical "O homem de La Mancha": "I, Don
Quijote" e "The impossible dream". "Don Quixote é o personagem de ficção
mais heavy metal que conheço", explicou Lee.
As outras
faixas eram "The Toreador March", da ópera "Carmen", de
George Bizet, e "My way", popularizada por Frank Sinatra.
Em dezembro
de 2013, Lee havia se tornado o intérprete mais idoso com uma canção nas
paradas dos Estados Unidos. A música se chamava "Jingle hell",
espécie de paródia da natalina "Jingle bells".
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