terça-feira, 16 de junho de 2015

Empresário Olacyr de Moraes morre aos 84 anos em São Paulo


Conhecido como 'Rei da Soja', Olacyr morreu de câncer no pâncreas.
Segundo site do empresário, ele chegou a ter mais de 40 empresas.
O empresário Olacyr de Moraes morreu aos 84 anos na madrugada desta terça-feira (16) em São Paulo. Segundo o site do empresário, ele lutava contra um câncer de pâncreas descoberto no início de 2014.
Ele ficou conhecido como 'O Rei da Soja' após se tornou o maior produtor mundial do grão no mundo. "Durante sua carreira chegou a ter mais de 40 empresas nos setores de construção civil, agrícola e exploração de minérios", diz o site do empresário. Atualmente, ele era dono de importantes jazidas de minérios raros na Bahia, Piauí e São Paulo.
"Olacyr de Moraes foi um dos maiores empreendedores do Brasil, desbravador e visionário, apostou no potencial agrícola do centro-oeste brasileiro investindo na pesquisa e produção de grãos e algodão em uma época em que poucos acreditavam que o solo dessa região fosse receptivo a essas culturas", diz o site.
Olacyr Francisco de Moraes nasceu em Itápolis, no interior de São Paulo, em 1º de abril de 1931, mas aos 8 anos veio morar na capital paulista. Ele era filho de um pequeno empresário que atuava no transporte de cargas. Aos 19 anos, junto com o pai e o irmão, ele começou a carreira de empresário investindo em caminhões. Em pouco tempo, além de transportar pedras para Prefeitura, ele passou a prestar serviços para a administração municipal atuando na pavimentação das ruas.
Em 1957, ele criou com o irmão a empresa Construção e Transportes Constran Ltda, que atuou na área de engenharia pesada. O sucesso da empresa permitiu ao empresário diversificar seus investimentos: setor bancário, criação e a engorda de gado e, finalmente, no cultivo da soja.
Olacyr passou a diversificar os negócios, investiu em cana-de-açúcar, ferrovias e hidrelétricas. Criou também o banco Itamarati e a empreiteira Constran.
Quando estava no auge, ainda nos anos 90, entrou na lista dos 200 homens mais ricos do planeta da revista Forbes, com um patrimônio estimado em US$ 1,2 bilhão.
O motorista do empresário é suspeito de ter matado o ex-senador boliviano Andress Guzman em abril de 2014, em São Paulo. À polícia, o suspeito disse que o ex-senador boliviano tinha negócios com Olacyr e que Guzman teria aproveitado a doença do empresário para extorquir dinheiro dele. Na época, Olacyr não comentou o ocorrido.
Luta contra o câncer
Aos 82 anos de idade, Olacyr descobriu que estava com câncer no pâncreas. O tumor foi retirado e o empresário chegou a fazer radioterapia e quimioterapia. A doença, no entanto, não foi totalmente curada.
Com o tempo, Olacyr não conseguia tomar muitas medicações, já que tinha diabetes, infecções e sagramentos intestinais. Tais doenças também atrapalhavam o tratamento contra o câncer e o estado nutricional. Nos últmos meses, o empresário passou a postar várias frases sobre a sua luta contra o câncer.
O velório foi na manhã desta terça-feira no Hospital Albert Einstein, e o corpo de Olacyr de Moraes será cremado à tarde no Cemitério Horto da Paz, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.


Vendas do comércio recuam 0,4% em abril, diz IBGE


Em relação a abril de 2014, queda foi de 3,5%, pior para o mês desde 2003.
Na comparação mensal, é o terceiro mês consecutivo de resultado negativo.
As vendas do comércio varejista brasileiro seguem em queda. Em abril, na comparação com março, o indicador recuou 0,4%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação mensal, é o terceiro mês consecutivo de resultado negativo.
Em relação a abril de 2014, a queda foi de 3,5%, pior resultado para o mês desde 2003, quando o recuo foi de 3,7%.
Em comparação com março, também foi o pior abril desde 2003, quando a queda foi de 0,4%. No acumulado do ano, de janeiro a abril, a queda é de 1,5%.
“Claro que o comércio está passando por dificuldade. O comércio vem refletindo a dificuldade da economia, por preços que estão subindo, e a renda que está comprometida. [A queda de] 3,5% [na comparação com abril de 2014] reflete mais o resultado do comércio. Quando coloca ampliado [varejo mais veículos, motos e peças], a queda é maior ainda por causa dos veículos que vêm em queda livre”, analisou Juliana Vasconcellos, gerente de Serviços e Comércio do IBGE.
Segundo Juliana, a última vez em que o comércio teve três quedas consecutivas foi em 2003: março, com recuo de 2,4%, abril, com -0,4%, e maio, também -0,4%.

“Abril [a queda de 3,5% em comparação com 2014] é claramente a conjuntura. A renda está caindo, o orçamento das famílias está comprometido, há restrição orçamentária muito grande, crédito está caindo”, explica a gerente do IBGE.

“Apesar de a Páscoa ter sido em abril, este ano as vendas foram concentradas em março porque foi bem no início de abril”, complementa.

A especialista do IBGE afirma que dois setores “estão sobrevivendo” ao momento de queda do comércio. “Farmácias e os setores de equipamento e informática. No comportamento deles, tem recuperação e tendência de subida”, afirma.
Atividades
Em abril, 7 das 10 atividades do estudo tiveram resultados negativos nas vendas: combustíveis e lubrificantes (-0,1%), livros, jornais, revistas e papelaria (-0,2%), material de construção (-1,2%), móveis e eletrodomésticos (-3,1%), tecidos, vestuário e calçados (-3,8%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-5,1%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-12,2%).
Por outro lado, cresceram as vendas de veículos e motos, partes e peças (4,4%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,9%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,3%).
Na comparação entre abril deste ano e do ano passado, 6 das 8 atividades do comércio varejista tiveram queda: móveis e eletrodomésticos (-16%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,3%), tecido, vestuário e calçados (-7,5%), combustíveis e lubrificantes (-2,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%) e livros, jornais, revistas e papelaria (-9,1%).
Por outro lado, as atividades que exerceram impactos positivos na composição do resultado do varejo foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,2%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,7%).
De acordo com o IBGE, móveis e eletrodomésticos registraram o maior impacto negativo. No acumulado do ano e dos últimos 12 meses, as taxas foram de -8,9% e -3,9%, respectivamente. As razões seriam a retirada gradual dos incentivos, como redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) direcionados à linha branca, como refrigeradores e máquinas de lavar, redução da massa de rendimento (-3,8% sobre abril de 2014, segundo a PME) e menor ritmo de crescimento do crédito.
Veículos e material de construção
No índice do varejo ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças e de material de construção, em relação a abril de 2014, a queda nas vendas foi de 8,5%, no ano foi de -6,1% e em 12 meses, de -4,1%. É o quinto mês negativo consecutivo e a menor variação na comparação entre abril e igual período do ano anterior desde 2009, quando caiu 0,8%, segundo Juliana Vasconcellos.

De acordo com o IBGE, isso ocorre em função do desempenho negativo de veículos, motos, partes e peças, cujo resultado em abril foi de -19,5% na comparação com mesmo mês de 2014 (pior abril desde início da série, em 2005), de -16% no acumulando no ano e de -12,6% em 12 meses.
A redução das vendas no segmento foi decorrente, entre outros fatores, da gradual retirada dos incentivos via redução do IPI, do menor ritmo na oferta de crédito e da restrição orçamentária das famílias.
“O setor de veículos foi durante muito tempo um setor que o governo investiu para que o comércio ampliasse. Agora, com a distribuição do crédito e a expectativa das famílias e a incerteza do futuro e a restrição orçamentária, o consumo diminuiu bastante”, explica Juliana.
Material de construção também teve queda no volume de vendas, de -5% na comparação com abril de 2014, de -4,5% no ano e de -2,6% em 12 meses.
Regiões
Das 27 unidades da Federação, 22 tiveram queda no volume de vendas na comparação com abril de 2014, com destaque para Goiás (-11,2%); Paraíba (-11,0%); Mato Grosso (-10,5%) e Amapá (-9,2%).

Quanto às maiores participações negativas na composição da taxa do varejo, as variações foram de -3,4% em São Paulo, -3,9% no Rio de Janeiro e -2,8% em Minas Gerais.

'Inacreditável', diz brasileiro que mora em prédio onde varanda caiu nos EUA


Diogo Junqueira conta que foi acordado por helicóptero no início da manhã.
Seis pessoas morreram em razão do desabamento na varanda.
A manhã desta terça-feira (16) começou agitada para Diogo Junqueira. O advogado gaúcho, que está há um mês em Berkeley, na Califórnia, mora no conjunto de prédios onde uma varanda desabou e vitimou seis pessoas nesta madrugada. Após uma longa noite de estudos, teve seu sono interrompido no início da manhã pelo barulho de helicóptero e de conversas. Ao falar com o americano com o qual divide apartamento, foi informado sobre o acidente.
"No início da madrugada, ouvi uns barulhos de sirene, mas isso é algo normal nos Estados Unidos. Queria acordar às 6h hoje para estudar, mas acordei mais cedo em razão do helicóptero e do pessoal lá embaixo. Perguntei para o meu colega de quarto o que estava ocorrendo, ele mostrou a televisão e falou sobre o desabamento. É inacreditável, mas estou bem, graças a Deus", disse o gaúcho em entrevista durante o intervalo da aula.
Junqueira estuda na Faculdade de Direito de Berkeley. A cidade, que fica distante 16km de San Francisco, é conhecida pela universidade. O jovem ficará lá por três meses em 2015 e outros três no ano que vem para completar o curso de pós-graduação.
Para evitar que seus amigos e parentes tomassem um susto, tratou de avisá-los em seus grupos de conversas pelo celular.
Vítimas
Além dos seis mortos, a queda da varanda ainda deixou oito pessoas feridas, de acordo com a polícia e o Ministério das Relações Exteriores da Irlanda, já que as vítimas seriam do país europeu.
"Parece um acidente trágico", declarou Charlie Flanagan, ministro irlandês das Relações Exteriores, ao canal público RTE. "A polícia informou que não parece que há vítimas de outras nacionalidades. São irlandeses e a maioria estudantes", completou.
As causas do desabamento ainda são desconhecidas. A varanda ficava no último piso de um edifício de três andares.
Inicialmente, foi informado que quatro vítimas morreram na queda e outra no hospital. A sexta vítima morreu na manhã desta terça, segundo o jornal "San Francisco Chronicle".


'Erro inexplicável', afirma esposa de homem morto em operação; PF nega



Família alega que casa foi invadida e mostra marca de sangue na cama.
PF diz que ele estava com arma em punho, se escondeu e foi perseguido.
"Um erro inexplicável". Assim a recepcionista Viviane Bastos Souza Neri, 32 anos, classifica a operação da Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira (16), que provocou a morte do esposo, Márcio Neri dos Santos, de 35 anos. O rapaz foi baleado por volta das 5h30, durante cumprimento de mandados de prisão da Operação "Carga Pesada", que desarticulou uma organização criminosa que teria desviado cerca de R$ 100 milhões em cargas do Porto de Aratu, em Candeias, região metropolitana de Salvador. Até as 18h, 16 pessoas foram presas.
A PF admitiu que o homem morto não estava entre os procurados, porém afirmou que ele estava armado no momento em que os agentes chegaram à sua residência em busca de suspeitos. O caso ocorreu no Condomínio Parque das Orquídeas, no bairro de Pau da Lima.
A esposa, Viviane Bastos, contou que estava com marido até o fim da madrugada. "Trabalho às 6h. Então, a gente sai daqui por volta das 4h30, 4h45, porque tenho que deixar a minha filhinha com a minha irmã, que mora em Pau da Lima [mesmo bairro]. Ele deixa nossa filhinha lá, me deixa no ponto e depois ele vem para casa. Ele estava de férias desde o início do mês. Normalmente, me deixa no ponto e vai para o trabalho. Desta vez, ele voltou para casa para descansar", informou.
Para Bastos, o marido trabalha como caminhoneiro na mesma empresa há cerca de 5 anos e foi alvo de um erro da polícia. "Ele estava dormindo. Como vocês podem ver [apontou para cama que dividiam], o sangue está todo na cama. Não tem como ele ter reagido. Não precisa ser uma pessoa estudada para saber que o que eles fizeram foi errado. Não tem explicação", lamentou.
Viviane também disse ainda que o esposo não tinha arma de fogo. "A única arma que temos aqui em casa é a Bíblia. Agora, queremos justiça", contou. A recepcionista afirma que estava casada com Márcio Neri dos Santos há três anos e que se mudou para ao apartamento onde o marido foi morto há dois anos. "O apartamento é financiado. A gente estava construindo a nossa vida. A outra casa [em Vila Canária] era a própria, mas a gente desistiu de lá e a gente financiou esse para ficar mais perto da minha mãe", afirmou.
Além do bebê, Márcio deixa duas filhas, uma de 11 meses e uma de 10 anos, fruto de outro relacionamento. "Tínhamos muito planos. A gente sentava, falava da nossa casa, a gente se apertava para amortecer as parcelas do apartamento. Depois de pagar, queríamos parar um pouco para curtir nossa filhinha de 11 meses", afirmou. Segundo a esposa, eles moram no apartamento de número 4 e o mandado policial deveria ter sido cumprido no de número 104.
O homem baleado dentro de casa durante a operação morreu no Hospital Geral do Estado (HGE). De acordo com a PF, os policiais foram ao local para cumprir dois mandados de prisão no condomínio. Um homem foi preso e a outra pessoa procurada não foi localizada. Uma equipe de perícia foi acionada para investigar as circunstâncias da ação policial.
A família classificou a atuação da PF como "desastrosa", afirmou que o rapaz não tem arma e não tem envolvimento com crime. "Confundiram o apartamento e fizeram essa barbaridade com meu irmão. Eles invadiram o apartamento, mas a pessoa que eles buscavam estava em outro apartamento. Meu irmão trabalhava como motorista, e não tinha arma nenhuma. A única arma que eles tinham em casa é uma bíblia porque a esposa dele é uma pessoa muito religiosa", contou a irmã Daiana Neri.
Versão da PF
Em nota, a PF informou que a situação aconteceu em uma das buscas no interior do prédio alvo de dois mandados de prisão. Segundo a polícia, o homem morto estava com a arma de fogo em punho na porta de um dos apartamentos. A PF informou que a arma foi apreendida, a equipe foi identificada, exames periciais foram realizados e testemunhas foram ouvidas.
"A equipe ordenou que largasse a arma, tendo o homem desobedecido a ordem e se escondido no interior do apartamento, obrigando os policiais a segui-lo e ordenarem novamente que soltasse a arma. Novamente, ele não obedeceu, mantendo-a apontada para a equipe, que, para resguardar suas vidas, não teve outra opção senão efetuar disparos. Em seguida, providenciou-se imediato socorro, levando-no até o Hospital Geral do Estado", informou. "Os elementos colhidos até o momento demonstram que em princípio a ação revestiu-se de legalidade, estando os fatos ainda sob investigação, finda a qual serão esclarecidas em definitivo as circunstâncias", completou.
Operação desarticula quadrilha
"Agia como máfia", afirmou o superintendente da Polícia Federal na Bahia, Fábio Mota Muniz, sobre o grupo criminoso que teria desviado cerca de R$ 100 milhões em cargas do Porto de Aratu, em Candeias, que movimenta 60% da operações portuárias no estado.
A investigação apontou que o grupo atuava há pelo menos 10 anos e pessoas que se opuseram chegaram a ser mortas. A quadrilha foi desarticulada com a operação "Carga Pesada", deflagrada nesta terça-feira;
Ao total, a operação da PF cumpriu 15 de 24 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão. Uma pessoa, que não estava na lista de procuradas, foi detida em flagrante. A operação aconteceu ainda nos estados de Minas Gerais e São Paulo.
Durante coletiva para a imprensa, o delegado informou que organização criminosa tinha com mentores o antigo e atual presidentes da Cooperativa de Motoristas Autônomos do Estado da Bahia. A PF preferiu manter os nomes dos principais suspeitos em sigilo. Eles atuavam com o apoio de seguranças de armazéns de Aratu, profissionais de controle de acesso, guardas portuários e ao menos um policial rodoviária estadual reformado.
"Uma delas começou uma investigação para levantar informações para empresa [que estava sendo prejudicada] e acabou sendo vítima da quadrilha. Posteriormente, algumas pessoas que faziam parte e que não queriam mais fazer e até ficaram contra foram vítimas da ação", explicou o delegado responsável. Levantamento da PF apontou que três mortes e mais três tentativas de homicídios relacionados ao grupo criminoso foram cometidos entre 2012 e 2015.
A PF informou que a investigação começou no segundo semestre de 2014. "Tínhamos conhecimento desses furtos que estavam ocorrendo no Porto de Aratu e precisavam ser combatidos. Posteriormente, chegou a informação de que pessoas estavam sendo ameaçadas e até mesmo assassinadas", relatou Mota Muniz.
A operação contou aproximadamente com 200 policiais. Na Bahia, além de Candeias e Salvador, a PF realiza ações em Simões Filho e Camaçari. Segundo a PF, duas empresas foram alvos do furto, uma de concentrado de cobre, que é a única que importa o material no Brasil, e outra de fertilizantes. As investigações começaram a partir de duas apreensões de caminhões realizadas pela polícia em Minas Gerais e São Paulo.
Esquema milionário
A organização era composta pelos diretores da cooperativa, que organizava o carregamento de caminhões e o transporte de todas as mercadorias do Porto de Aratu para unidades produtoras e consumidores em diversas regiões do país. Além do roubo das cargas, a quadrilha extorquia e intimidava testemunhas.

Os envolvidos vão responder por furto qualificado, participação em organização criminosa, falsidade ideológica, corrupção ativa, corrupção passiva e homicídios de testemunhas que ameaçaram delatar a organização.

Veja 13 alimentos que é melhor checar se contêm gordura trans


EUA decidiram banir nos próximos 3 anos produtos que levam a substância.
Excesso de gordura trans pode causar problemas cardíacos.
Os Estados Unidos anunciaram nesta terça-feira (16) que os produtos que possuem gordura trans em sua composição deverão ser retirados do mercado nos próximos três anos. A decisão foi da FDA, agência americana que controla drogas e alimentos.
No Brasil não há uma legislação deste tipo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, impôs uma norma válida desde 2006 que exige que os rótulos dos produtos indiquem a quantidade de gordura trans. Estão isentos dessa apresentação alimentos com quantidade inferior a 0,2 g por porção -- ou seja, um alimento pode até conter uma certa quantidade de gordura trans sem indicação no rótulo, e estar em conformidade com a regra da Anvisa.
O que é a gordura trans?
É um tipo de gordura que passa por um processo chamado de hidrogenação catalítica, responsável por transformar óleos vegetais líquidos em gordura sólida à temperatura ambiente.

Para que serve?
É utilizada para melhorar a consistência dos alimentos e também aumentar o tempo de conservação de alguns produtos.
Fazem mal à saúde?
Sim. De acordo com o médico cardiologista Marcus Bolívar Malachias, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, 25% do colesterol presente no sangue vem dos alimentos que consumimos (o restante é produzido pelo fígado).
Segundo o médico nutrólogo Durval Ribas Filho, consumir diariamente acima de 1,4 g de gordura trans pode favorecer a formação de doenças cardiovasculares, já que ela eleva os níveis de colesterol ruim, a Lipoproteína de Baixa Densidade (em inglês LDL), e diminui o colesterol bom, a Lipoproteína de Alta Densidade (em inglês HDL).
O LDL provoca entupimento das artérias e é responsável por episódios de AVC (Acidente Vascular Cerebral) e infartos.
O Brasil tem alguma legislação que regula o uso de gordura trans?
Não. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, publicou resolução que regula a rotulagem de produtos alimentícios. Alimentos diversos que têm no máximo 0,2g de gordura por porção são considerados “livres de gorduras trans”.
Como evitar a gordura trans?
Segundo o nutrólogo Durval Ribas, o ideal é olhar o rótulo do produto e verificar a presença da substância entre os ingredientes.
Veja abaixo 13 alimentos que podem ter gordura trans, segundo os médicos
e, por isso, convém checar o rótulo ao comprar:
- margarina
- mistura de bolo pré-pronto
- lasanhas congeladas
- cobertura para bolos
- sanduíches de fast food
- batata frita industrializada
- coxinha
- pizza congelada
- biscoito recheado
- salgadinhos de pacote
- pipoca de micro-ondas
- sorvete
- nuggets de frango

BBC anuncia substituto de Jeremy Clarkson no comando do 'Top Gear'


Novo apresentador será Chris Evans, apaixonado por carros e radialista.
Programa é um dos de maior sucesso do setor automotivo no mundo.
A rede britânica BBC anunciou nesta terça-feira (16) o substituto de Jeremy Clarkson no comando do programa automotivo "Top Gear". De acordo com a emissora, o novo apresentador será Chris Evans, radialista e apaixonado por carros.
Uma das principais atrações do programa, Clarkson deixou a atração em março passado, após briga com um produtor. O "Top Gear" possui mais de 350 milhões de expectadores ao redor do mundo e é considerado um dos principais programas da BBC.
Em declarações para a emissora, na qual já trabalha em um programa de rádio, Evans disse que o programa é o seu favorito. "Eu prometo fazer tudo o que for possível para respeitar o que foi antes e levar o show para frente", disse Evans.
O contrato para a apresentação será de 3 anos e, segundo a emissora, a atração será totalmente repaginada. O novo "Top Gear" não contará com Richard Hamnon e James May, que apresentavam ao lado de Clarkson.
No Twitter, Evans fez uma homenagem à antiga equipe do programa. "Eu gostaria de dizer que Jeremy, Richard e James são os melhores", afirmou Evans, que é amigo de Clarkson.


Sindicalistas são presos depois de protestarem no plenário do Senado

Grupo manifestava contra projeto que muda modelo de exploração do pré-sal.
Renan Calheiros ordenou suspensão da sessão e esvaziamento das galerias.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), interrompeu nesta terça-feira (16), por cerca de dez minutos, a sessão de votações depois que oito sindicalistas da indústria petrolífera fizeram uma manifestação nas galerias do plenário principal da Casa. O tumulto terminou com a prisão de três manifestantes. Eles foram liberados depois de prestarem esclarecimentos à Política do Senado.
O grupo que se envolvou na confusão, ligado ao Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo, protestava contra um projeto que desobriga a Petrobras de atuar como operadora única do pré-sal com participação de pelo menos 30%.
Em meio à sessão, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra a proposta, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP). Diante do princípio de confusão, Renan suspendeu a sessão por alguns minutos. No momento em que autorizou a retomada dos trabalhos, o peemedebista alertou que os manifestantes eram bem recebidos, desde que se mantivessem em silêncio.
"Queria, em primeiro lugar, dizer que, regimentalmente, os senhores são muito bem recebidos, mas, se se mantiverem em silêncio. Se não se mantiverem em silêncio, se continuarem a fazer o que já fizeram, vamos pedir para evacuar as galerias", ressaltou Renan.
Após o presidente do Senado concluir sua advertência, um dos manifestantes gritou que não iria ver o patrimônio do país ser entregue calado. Renan, então, determinou que a galeria do plenário fosse evacuada.
“Peço, por favor, à Polícia do Senado Federal que evacue as galerias”, ordenou o senador do PMDB.
Parte do grupo deixou o recinto voluntariamente, porém, três sindicalistas se recusaram a sair. A resistência dos manifestantes motivou o uso da força pelos policiais legislativos. Após o incidente, o chefe da Polícia do Senado, Pedro Araújo, negou que tenha ocorrido truculência por dos policiais na ação policial. De acordo com Araújo, o procedimento adotado pela Polícia Legislativa é "normal".
“Quando o presidente manda evacuar, nós temos que evacuar”, justificou.